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BM&F é candidata a fusão, diz banco

Bovespa-21A nova onda de consolidação de bolsas mundiais passará pelo desejo das empresas de fazerem negócios entre continentes e, após três anos de bolsas desmutualizadas, o Brasil está no mapa de negociações. Relatório da equipe global de analistas do Credit Suisse aponta que a BM&FBovespa, a médio prazo, pode optar por uma fusão e a principal candidata apresentada é a CME, parceira desde a abertura de capital. A BM&F não quis comentar o tema. Segundo o mesmo relatório, a Cetip, balcão organizado de ativos e derivativos, também tenderia a ser a porta de entrada para uma bolsa estrangeira.

O surgimento de uma nova praça de negociação aqui entrou de fato no cenário depois que a plataforma eletrônica BATS divulgou acordo com a gestora brasileira Claritas para montar uma nova bolsa no Brasil.

Na avaliação do CS, a Cetip aparece como uma possível candidata a parceira por conta, inclusive, dos links operacionais que já mantém com os bancos e outros grandes participantes do mercado. Apesar de não ser uma bolsa, a Cetip também pode ser alvo de uma oferta a longo prazo, dizem os analistas. “A Cetip tem um papel importante no Brasil diante de sua posição dominante em registro e custódia para produtos de renda fixa e derivativos de balcão. Possui, ainda, uma pequena plataforma para negócios com renda fixa”, afirma o CS. A Cetip informou que está em período de silêncio por conta da divulgação dos resultados.

Valor apurou, porém, que a Cetip não vê como um bom negócio ser a porta de entrada da BATS. Executivos próximos à Cetip avaliam que, devido ao porte que a bolsa brasileira alcançou, partir para a concorrência só se justificaria com um parceiro internacional que tivesse poder de fogo suficiente para travar essa disputa, ou seja, uma bolsa maior que a BATS. Seria o caso, por exemplo, da Deutsche Borse, com quem a Cetip vem buscando desenvolver algumas parcerias, ou a Intercontinental Exchange (ICE), que já está presente no Brasil.

“Essa é uma briga para gigantes”, afirmou um executivo ligado à Cetip ao Valor. Ao declarar concorrência com a BM&FBovespa, a Cetip também abriria espaço para a bolsa entrar com mais força no segmento de renda fixa privada e de derivativos de balcão. Por isso a cautela em apoiar eventuais concorrentes da BM&FBovespa.

A ICE é apontada pelo Credit Suisse como uma espécie de coringa. Na avaliação dos analistas do banco, ela tem boa gestão e estrutura financeira e aposta no crescimento tanto de maneira orgânica quanto via aquisições. “A longo prazo, vemos a ICE como uma possível compradora agressiva no mercado”, afirmam. No mês passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a instalação no Brasil de telas de acesso ao sistema de negociação da ICE Futures Europa. A unidade americana já possui esse tipo de tela desde 2009. Procurada, a ICE lembrou apenas que só opera com derivativos referentes a commodities e energia e está presente aqui desde 2009.

Fonte: Ana Paula Ragazzi e Carolina Mandl, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.