BC espera para março o estatuto do fundo garantidor de cooperativas
O diretor de Relações Institucionais e Cidadania do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, disse que a expectativa da autoridade monetária é a de que as cooperativas entreguem em março o estatuto do fundo garantidor de crédito das cooperativas (FGCoop). Este é um dos últimos passos para a implementação do fundo, que terá um papel semelhante ao do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
A ideia é que a cobertura do FGCoop seja igual à do FGC. Se assim se confirmar, quem mantém depósitos em cooperativas terá direito, em caso de quebra da instituição, a até R$ 70 mil. A decisão sobre o valor que seria coberto cabe ao próprio sistema cooperativo, uma vez que o FGCoop será um fundo privado, constituído por mais de 1.200 associados – entre eles, os dois bancos cooperativos.
Depois de entregue o estatuto do fundo ao BC, só restará a aprovação do texto pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), disse Feltrim. Ele participou na noite desta terça-feira da divulgação, pelo segmento cooperativista, da agenda de projetos legislativos, cuja aprovação o setor considera importante que ocorra neste ano no Congresso.
O diretor disse que as cooperativas de crédito contribuem para a eficiência do sistema financeiro ao fazerem a “reciclagem” da poupança nas regiões onde atuam. “As cooperativas contribuem para o desenvolvimento econômico e social. Dada à proximidade com a população, elas levam produtos e serviços financeiros adequados às pessoas”, defendeu Feltrim.
Para o presidente do Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o FGCoop deve começar a operar efetivamente até maio. “O interesse é nosso. Esse fundo vai mudar o comportamento do mercado em relação às cooperativas”, disse.
(Murilo Rodrigues Alves)
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.
Leia mais em: