Bancos perdem R$ 1,8 bi com crimes cibernéticos
Acessar a conta bancária pela internet e por aplicativos para smartphone é um hábito cada vez mais comum. Só no primeiro semestre de 2015, 58,5% das transações bancárias no país foram feitas por esses canais de atendimento, de acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Ao mesmo tempo em que a facilidade atrai os clientes, esses canais também chamam a atenção de criminosos da internet. Especializados em roubar dados para fazer transações financeiras ilícitas, eles têm causado dor de cabeça: só em 2015, segundo a Febraban, os bancos brasileiros registraram perdas de R$ 1,8 bilhão com fraudes eletrônicas.
Quando um consumidor tenta fazer uma transferência ou pagar uma conta pela internet e tem suas informações interceptadas, o resultado só é percebido na hora de conferir o extrato. A transação indevida é informada para o banco, que é quem paga a conta: além de ressarcir o cliente, a instituição financeira tem dificuldades em recuperar o dinheiro, que na maioria das vezes já foi parar na mão dos criminosos.
“Entre os ataques mais comuns estão fraudes pela internet e a clonagem de cartões. Hoje perdemos mais com fraudes do que com clonagem, mas isso varia”, diz o gerente geral da unidade de risco operacional do Banco do Brasil, Carlos Renato Bonetti.
Ao se instalar no computador, o trojan também abre caminho para outros programas que permitem monitorar as atividades das pessoas na web. Na maioria das vezes, ele passa desapercebido. É frequente também o uso de páginas falsas, praticamente idênticas à original, prática conhecida como phishing. “Por mais que os bancos invistam em segurança, ainda há pessoas que caem nesse golpe”, diz o especialista em segurança da informação da Symantec no Brasil, André Carrareto.
Flash
Mercado paralelo. Novatos no crime podem compram programas prontos. Um para copiar os dados digitados no teclado custa R$ 900; um código para disseminar um vírus no Facebook custa R$ 70.
Fonte: O Tempo.com.br