Banco Santos: Juiz mantém pena de ex-mulher de Edemar
A Justiça negou o recurso apresentado por três réus do caso do Banco Santos: Márcia de Maria Costa Cid Ferreira (mulher do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira), Renello Parrini e Ruy Ramazini. A decisão foi tomada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). O banco Santos teve sua liquidação anunciada há sete anos.
Acusados de formação de quadrilha para a lavagem de dinheiro, os três foram condenados a cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial semi-aberto, além do pagamento de uma multa, segundo informações da Procuradoria Regional da República da 3ª Região.
“Os réus se utilizavam de empresas nacionais e estrangeiras, além de ‘trustees’ sediados em paraísos fiscais. Utilizavam-se de seus próprios nomes e dados pessoais, com o intuito de integrarem como sócios, procuradores ou beneficiários dessas empresas”, afirmou a Procuradoria.
Em sua defesa, os réus alegaram que houve uso de “provas ilícitas” e “ausência de provas de que eles tivessem consciência das atividades ilícitas praticadas pelas empresas do Grupo do Banco Santos”. Por esses motivos, os réus pediram a anulação da sentença ou a redução das penas.
Até o fechamento desta edição, Márcia, Ramazini e Parrini não tinham sido localizados pela reportagem.
“A denúncia não é inepta, uma vez que descreveu as condutas dos apelantes de forma a permitir a exata compreensão dos fatos expostos configuradores, em tese, de crime de lavagem de valores”, afirmou a Procuradoria.
Um dos pedidos da Procuradoria foi negado pela Justiça: a condenação de Edna Ferreira de Souza e Silva, que já tinha sido absolvida em primeira instância da acusação de lavagem de dinheiro.
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.
Leia mais em:
http://www.valor.com.br/financas/3050174/juiz-mantem-pena-de-ex-mulher-de-edemar#ixzz2O0O29X5Z