Empresário é condenado pela maior fraude contábil da história da Índia
O fundador da empresa Satyam, uma das companhias líderes do setor de telecomunicações da Índia, Ramalinga Raju, foi condenado nesta quinta-feira a sete anos de prisão ao lado de outras nove pessoas por uma fraude contábil no valor de US$ 2,25 bilhões, a maior deste tipo na história do país.
Um tribunal especial de Hyderabad considerou culpado o fundador e ex-presidente da companhia pelos delitos de conspiração criminosa e fraude contábil. Além disso, o executivo foi multado em 50 milhões de rúpias (cerca de US$ 800 mil), informaram fontes judiciais para a imprensa local.
O caso Satyam, então a quarta companhia de tecnologia da Índia, explodiu em 2009 em pleno auge da expansão do setor na Índia. Raju admitiu então publicamente que incorporou ativos inexistentes no balanço da empresa no valor de 50,4 milhões de rúpias (cerca de US$ 1 bilhão).
Segundo o Departamento Central de Investigações da Índia (CBI), a fraude aos acionistas da companhia foi de 140 milhões de rúpias (US$ 2,25 bilhões). O ex-presidente da empresa também reconheceu em 2009 outras irregularidades, como ocultação de dívida no valor de 12,3 milhões de rúpias (US$ 200 milhões) e a fabricação de juros falsos no valor de 3,76 milhões de rúpias (US$ 62 milhões), assim como a falsificação de números de balanço contábil.
Após o escândalo, que fez com que as ações da companhia desabassem, a também indiana Tech Mahindra adquiriu uma participação majoritária na empresa em um leilão.
EFE jlp/dk Fonte: R7