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Amec defende reforma do mercado de capitais para acabar com ‘safra de maldade’

O presidente da Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Mauro Cunha, saiu em defesa de uma ampla reforma do mercado de capitais brasileiro.

Ele diz que uma “safra de maldades” está afetando a confiança dos investidores e teme que o modelo de privatização do economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro, repita o movimento que ocorreu no governo de Fernando Henrique Cardoso. Na época, diz, o modelo fiscalista, focado na arrecadação de recursos, foi muito prejudicial ao mercado.

Cunha soltou um alerta sobre a perda de relevância do mercado brasileiro no cenário global na véspera do segundo turno da eleição. Agora, ele se prepara para sua primeira participação no grupo de trabalho do ministério da Fazenda que elabora propostas para o mercado que serão apresentadas ao novo governo e diz que, sem um mecanismos de ressarcimento dos investidores, a situação de pouca governança não melhora.

O investidor não tem guarida no aparelho estatal, seja no judiciário, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Ministério Público (MP) ou mesmo na Câmara de Arbitragem (da B3). O sistema todo precisa ser mudado“, declara.

Cunha defende uma reforma que modernize o arcabouço societário para proteger o investidor, acabe com os “puxadinhos” na legislação e elimine distorções, como o fato de os maiores investidores do mercado – fundos de investimento, fundos de pensão e seguradoras – obedecerem a diferentes regras e reguladores. Ou seja, mais ampla que a última, realizada em 2001.

“Os problemas são recorrentes. Os puxadinhos que fizemos não estão resolvendo. Precisamos modernizar o nosso arcabouço societário com um projeto com começo, meio e fim, como foi feito em 1976 pelo (Alfredo) Lamy e pelo (José Luiz) Bulhões de Pedreira (autores da primeira Lei das Sociedades Anônimas e criadores da CVM)”, defende

Segundo ele, é a percepção de que “o crime compensa” que está incentivando o que chama de nova “safra de maldades”, representada por incorporações como Fibria/Suzano e Gol/Smiles, e também por iniciativas como o acordo de não competição firmado entre a Qualicorp e seu sócio-fundador, José Seripieri Filho.

“Enquanto não tivermos um mecanismos de ressarcimento dos prejuízos dos investidores isso vai continuar acontecendo”, afirma, colocando em dúvida o potencial do novo limite de multas da CVM para travar esse movimento. “Mesmo na hipótese remota de serem punidos, ainda terão lucro”, completa.

Leia mais em: economia.estadao.com.br – amec-defende-reforma-do-mercado-de-capitais-para-acabar-com-safra-de-maldade

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.