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Caoa pede deságio de 65% a credores do banco BVA

Demorou, mas alguém se pronunciou sobre a questão do deságio, conforme matéria abaixo publicada no Jornal valor Economico, nos ultimos dias muitos rumores estavam cercando a mídia, e os correntistas estavam enlouquecidos em busca de informação, portanto espero que os correntistas possam recuperar seu patrimonio, ou parte dele, é triste falar isso, pois infelizmente como venho falando a tempos, os gestores causam as perdas e que paga a conta somo nós correntistas, o Bacen necessita dar um basta nestes processos de má gestão. Veja a matéria abaixo:

O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, proprietário do grupo Caoa, inicia uma nova rodada de negociações com os credores do banco BVA. A instituição está sob intervenção do Banco Central desde outubro do ano passado.

Caoa, como o executivo é conhecido, propõe aos credores um deságio de 65% aos papéis que eles possuem. A diferença será paga à vista. Para que o plano seja bem-sucedido, porém, é necessária a adesão de credores que representem algo em torno de 95% da dívida do banco. Todos também precisam abrir mão de qualquer tipo de garantia que possuam.

Caso a proposta seja aceita por um percentual de 95% dos credores, o rombo de cerca de R$ 3,5 bilhões do BVA ficaria zerado.

Há alguma flexibilidade nesse percentual de anuência dos credores, mas algo muito inferior a isso inviabilizaria a transação do ponto de vista de Caoa.

O BVA tem cerca de 4 mil credores, mas a maior parte do passivo está concentrada nas mãos de poucas pessoas. O maior deles é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com R$ 1,7 bilhão entre indenização a detentores de depósitos a prazo e linhas de liquidez dadas ao BVA.

O próprio Caoa tem cerca de R$ 500 milhões em papéis do BVA, que seriam convertidos em participação acionária. Cleber Faria, ex-sócio e ex-presidente da cervejaria Itaipava, também tem um volume expressivo de recursos a receber. Ambos também têm participação acionária no banco por meio de um fundo de investimento em participações.

Nessa nova etapa de negociações, Caoa se aliou a alguns dos sócios do banco de investimentos Brasil Plural. O banco em si não terá qualquer relação com o negócio. Ainda não está fechado se os cerca de três a quatro sócios do Plural terão participação acionária no BVA ou se apenas ficarão responsáveis por tocar o negócio.

Segundo uma fonte, caso o banco seja resgatado, nessa fase inicial sua gestão se aproximaria muito mais de um fundo de dívidas podres (“distressed debt”) do que de um banco propriamente.

Antes mesmo de o BVA sofrer intervenção, Caoa chegou a estudar um modelo para se tornar um sócio relevante da instituição. No ano passado, os antigos sócios do banco, José Augusto Ferreira dos Santos e Ivo Lodo, tentaram capitalizar o banco com a entrada de novos acionistas. Naquele momento, porém, Faria desistiu da ideia.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.

4 thoughts on “Caoa pede deságio de 65% a credores do banco BVA

  • Marcelo

    Olá Sr. Marcos,

    Seria má gestão mesmo Sr. Marcos?

    Será que uma pessoa que tem 500 milhões numa instituição financeira que representa 0, sei lá quanto do sistema financeiro nacional é tão desinformado sobre a gestão do banco quanto um correntista que tem 70 mil? Quanta coincidência este Sr. CAOA tentar comprar esta instituição há tempos atrás e agora a mesma sairá pra ele com um descontinho de 65%, bancado pelos investidores do próprio banco. Providencial esta quebra deste banco, justo quando um “empresário” que tem inúmeras concessionárias de veículos precisa de seu banquinho próprio para fazer seus financiamentos não é mesmo? E olha que coincidência este mesmo empresário estar entre os credores deste banco e por mais coincidência ainda ele é o maior credor da instituição quebrada. Cara de sorte esse viu!!!

    O pior é que tudo isso vai ocorrer dentro da maior legalidade, pois os investidores, depois da total falta de informação do BC e FGC, naturalmente estão desesperados para assinarem qualquer papel e verem a cor de qualquer caraminguá. A falta de informação patrocinada pelo FGC e BC fazem com que as duas instituições sejam coniventes na criação do clima de terror que se instaurou em torno do assunto, perfeito para que um “empresário” se mostre muito bonzinho e dê 35% as pessoas que não receberiam nada. Além de sortudo é um cara do bem esse Sr. CAOA. Agora vemos em Blogs e outros cantos da Internet pessoas pedindo “pelo amor de Deus” ou dizendo que quem não assinar essa pouca vergonha é “burro”. Fico a pensar se isso seria desespero ou mais uma orquestração…. Não importa, o fato é que está funcionando.

    Concordo com o Sr. que o BC precisa dar uma basta na má gestão, mas antes precisa agir no sentido de evitar que situações vergonhosas como esta se instaurem no país. É claro que quem colocou dinheiro num banquinho desse, como eu por exemplo, sabia que estava se arriscando por uma mixaria de 0,00001% a mais que qualquer banco grande. Isso até justifica que o cidadão perca todo seu dinheiro para aprender, mas não justifica o fato que outros lucrem com a situação sob as barbas dos órgãos reguladores do setor. Ainda está em tempo do BC mostrar que tem pulso firme e que está efetivamente disposto a acabar com as maracutaias do setor financeiro. Espero que eu tenha que vir aqui dar os parabéns ao BC por ter liquidado essa espelunca, mas acho difícil que o Sr. CAOA morra abraçado com seus 500 milhões.

    E a vida continua…

  • Guilherme

    O desagio é somente para quem tem acima de 1 milhão, somente essas pessoas foram procuradas para assinar o termo.Valores inferiores serão ressarcidos integralmente caso o banco seja vendido, ate confirmei isso com a gerente de Campinas.

  • Guilherme

    Hoje apos ficar horas no bradesco conforme orienacao do site fgc, voltei sem nenhum centavo e meus pais que sao idosos tbm, foi muito constrangedor..nossos nomes nao constavam na lista, e nossa conta foi aberta direto no bva!! Sera que o fgc ira dar o balao ate nos 70 mil que deveria ser coberto?estamos muito desapontados com td isso..

  • Márcio

    Guilherme, negativo. Pessoas com valores em torno de 400 mil estão sendo contactadas para aceitarem o deságio. Todas as adesões são importantes para mantermos a esperança viva!!

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