Gestão de Riscos: Banco Cruzeiro do Sul deu crédito a empresas de fachada
O banco Cruzeiro do Sul vai apresentar hoje um balanço com um passivo a descoberto de cerca de R$ 2 bilhões, segundo o Valor apurou. O rombo total do banco, que está sob intervenção do Banco Central desde 4 de junho, chega a quase R$ 3 bilhões, mas o patrimônio líquido, de R$ 900 milhões, ajuda a cobrir parte disso.
O volume de créditos que pode ter sido falsificados pelos controladores do banco – Luiz Felippe e Luiz Octavio Indio da Costa – ficará dentro das estimativas iniciais do BC, em R$ 1,3 bilhão. A diferença, de cerca de R$ 1,7 bilhão, vem de uma lista supostas irregularidades de mais de 50 itens encontradas pela auditoria. O BC, o Fundo Garantidor de Créditos e a PwC comandam a revisão dos números.
Entre as supostas irregularidades encontradas estão, por exemplo, a concessão de empréstimos para empresas de fachada, que indicaram não ter capacidade de honrar com os empréstimos tomados – todas localizadas no Rio de Janeiro, onde fica parte do banco.
Em busca de uma solução, o FGC, que administra o banco, vai propor aos credores um deságio em suas dívidas, variando conforme o prazo. Quanto mais longo, maior o deságio. Para o bônus emitidos no exterior que vencem no próximo mês (US$ 175 milhões), o FGC proporá um deságio de cerca de 20%. Com as contas ajustadas, o banco será colocado à venda.
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