Notícias

Valid sente impacto de restrições no crédito

A Valid, empresa de serviços para meios de pagamento, começou o ano sentindo os efeitos da revisão dos bancos em seus critérios de concessão de crédito. Não que isso fique imediatamente aparente no seu resultado, já que o seu lucro líquido (não recorrente) foi de R$ 28 milhões no primeiro trimestre, alta de 20,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A restrição dos bancos para crédito foi sentida na queda da emissão de cartões, principal fonte de receita da Valid. Esse fator, combinado ao tradicional efeito negativo do começo do ano, seguraram o faturamento da empresa com meios de pagamento, que foi de R$ 103,5 milhões no trimestre, 2,8% superior ao mesmo período de 2011. O magro crescimento veio apenas graças a substituição de cartões com tarja magnética pelo chip, processo que deve aumentar as receitas da companhia até 2013.

“No horizonte próximo não deve haver aumento significativo na emissão de cartões”, diz Carlos Affonso D’Albuquerque, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa. A receita no segmento ficará condicionada à troca da tarja pelo chip.

As outras áreas da Valid (que atua na emissão de documentos e na produção de chips de telecomunicação) tiveram um desempenho mais robusto. Tanto que a receita líquida da companhia foi de R$ 231,9 milhões, 12,6% superior na mesma comparação.

O ajuste no lucro desconsidera os gastos com a abertura de uma certificadora digital, empresa responsável por assinaturas eletrônicas, que dão validade a transações digitais. O gasto no primeiro trimestre com o projeto foi de R$ 4,8 milhões. Em todo o 2011, a Valid gastou cerca de R$ 17 milhões com a certificadora.

Segundo Affonso, a partir do próximo trimestre, as despesas da certificadora passarão a ser recorrentes, à medida que a Valid espera obter autorização para seu funcionamento até junho. Sem os ajustes, o lucro do primeiro trimestre seria de R$ 21,2 milhões (alta de 9,9% na comparação com mesmo período do ano passado).

A área de telecomunicações da Valid mostrou a alta mais significativa. A receita líquida nessa área foi de R$ 59,1 milhões no trimestre, 25% superior a 2011. O volume de unidades emitidas subiu 54,1%, para 22,2 milhões. “Foi um movimento de maior concorrência entre as operadoras de telefonia que beneficiou o mercado como um todo”, diz Affonso, sobre o aumento.

Fonte: Felipe Marques, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.