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Troca de empregos se acentua no Brasil

Com o avanço da renda do brasileiro nos últimos anos, o consumo sofisticou-se e o setor de serviços ganhou peso na economia. Um reflexo desse movimento foi o crescimento da rotatividade do mercado de trabalho, já que empregados de restaurantes, hotéis, empresas de telemarketing, informática, telefonia e outras têm trocado de trabalho mais rapidamente.

Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), contribui para isso uma mudança de “cara” dos empregadores com a expansão dos serviços, concentrados mais em empresas menores. Essas firmas demitem e contratam com mais velocidade -às vezes, como forma de reduzir custos.

Carlos Henrique Corseuil, do Ipea, ressalta que a causa da rotatividade poderia, em tese, ser a alteração do perfil dos empregados, mas jovens e pessoas com baixa escolaridade -que tendem a trocar mais de emprego- perdem espaço na força de trabalho.

Segundo o estudo, a soma de todas as contratações e demissões representava 89,2% da força de trabalho formal do país (dados do Ministério do Trabalho) na média de 1996 a 2000. Passou para 106,2% na de 2006 e 2010.

Ou seja, a cada 100 trabalhadores que estavam empregados, ocorreram 106 admissões e desligamentos no intervalo de um ano. Em 2010, esse giro no mercado de trabalho chegou ao pico de 116 para grupo de 100 ocupados.

A maior rotatividade acompanha quase que de modo constante o aumento do rendimento -que proporciona o maior consumo de serviços.

Para Altamiro Carvalho, economista da Fecomercio-SP, “a migração de uma grande camada da população para ‘nova’ classe média permitiu o acesso e diversificou o consumo”. Entraram na “cesta de compras” de muitas famílias serviços de comunicação, turismo, alimentação fora de casa e outros.

“Há uma procura por profissionais mais qualificados muito acirrada entre as empresas do setor de serviços para atender melhor, o que impulsiona a rotatividade e aumenta os salários.”

Tal tendência, afirma Carvalho, persistiu em 2011 e deve se repetir neste ano, a menos que a crise europeia se agrave muito, aumente o desemprego, contraia a renda e reprima o consumo.

RENDA

Segundo levantamento da Folha com base em dados do IBGE, a renda no setor de serviços cresceu 3,4% na média de 2010 e 2011, nas principais metrópoles, enquanto na indústria avançou só 0,4%.

“Há uma superdemanda e as pessoas recebem propostas para ganhar mais. Empresas de alguns segmentos tiveram de dar reajustes de até 15% para reter profissionais”, diz Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.

Quando uma economia fica mais madura e supera a renda per capita de US$ 10 mil, diz, há um aumento gradual do consumo de serviços.

Estudante faz uma entrevista por dia e escolhe o trabalho

Desde que ingressou no mercado de trabalho, Jonathan Mello Ferraz Pereira, 24, sempre atuou no setor de serviços. Trabalhou por quatro anos numa companhia aérea, emprego no qual tomou gosto pela área de TI (Tecnologia da Informação).

Em 2010, resolveu ingressar num curso superior tecnológico com habilitação em banco de dados, a ser concluído no fim deste semestre.

Nesse período, conseguiu um estágio, mas não via chance de efetivação. Mais perto do final do curso, com um “currículo melhorado”, resolveu pôr um anúncio num site de empregos para buscar nova oportunidade.

Em uma semana, fez sete entrevistas. Conseguiu o emprego em janeiro deste ano.

“Não imaginava que seria tão fácil. Hoje, ganho o triplo do que no estágio e bem mais do que no meu trabalho anterior”, diz.

Fonte: Pedro Soares, Folha de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.