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Atuação do governo com BNDES é criticada por economistas

BNDESO papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entrou na pauta de discussão de economistas ao analisarem os desafios para o próximo governo. Eles criticaram os juros subsidiados para grandes empresas, que poderiam ter acesso a financiamentos internacionais.

O ex-presidente do Banco Central, Afonso Celso Pastore, acredita que a tendência do Brasil é de caminhar “a passos muito rápidos” para o modelo nacional desenvolvimentista, baseado na forte atuação do BNDES.

Ele reconheceu que o país ainda tem grande desigualdade, com minimização da pobreza a partir dos programas de distribuição de renda, mas com o favorecimento das classes mais altas. “Estamos satisfazendo os pobres com benefícios e os ricos com generosos empréstimos subsidiados”, disse Pastore.

Para Armando Castelar, coordenador da área de Economia Aplicada no IBRE/FGV, a tendência no país é de aumento do déficit em conta corrente e apreciação do câmbio. No entanto, ele acredita que os grandes empresários, que sofrem com o câmbio, têm por outro lado a compensação dos juros mais baixos ofertados pelo banco de fomento do país.

O economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, lembrou que as grandes empresas no Brasil teriam condições de se financiar sem necessariamente utilizar os recursos do BNDES.

“Alguém vai dar crédito subsidiado como o BNDES? Não, não vai. Mas será que empresas brasileiras não têm acesso ao mercado internacional? A Petrobras foi ao mercado internacional e captou, assim como o Santander. Se quiser tomar dívidas em reais lá fora, consegue”, disse, após participar de seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio.

A intervenção direta do governo nos financiamentos de longo prazo não foi bem vista pelo economista-chefe do Itaú-Unibanco, Ilan Goldfajn. “O financiamento está vindo de fora, está vindo do BNDES. Mas de alguma forma a gente precisa fazer com que o financiamento venha do setor privado, e com menos intervenção do governo nesse financiamento, porque o governo tem precisado capitalizar o BNDES e isso tira recursos de outras áreas que a gente precisa”, disse.

Fonte: Juliana Ennes | Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.