O aperto dos bancos médios
Queda dos juros e da venda de carteiras de empréstimos comprimiu os resultados, mas uma alteração nas regras do depósito compulsório vai aliviar o arrocho.
Read MoreQueda dos juros e da venda de carteiras de empréstimos comprimiu os resultados, mas uma alteração nas regras do depósito compulsório vai aliviar o arrocho.
Read MoreO aumento do compulsório nos depósitos a prazo, anunciado na sexta-feira pelo Banco Central, poupou os bancos de médio porte. Embora a retenção dos recursos tenha subido de 15% para 20%, o limite de dedução, que contempla bancos com patrimônio líquido inferior a R$ 2 bilhões, foi ampliado de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões. Levantamento feito pelo Valor entre os bancos de médio porte e capital aberto em bolsa mostra que todos se incluem nesse intervalo de isenção, com patrimônio líquido médio inferior a R$ 2 bilhões.
“A nova franquia permite certo tempo para que o compulsório venha a provocar impacto”, afirma Milto Bardini, vice-presidente do BicBanco, com patrimônio líquido médio de R$ 1,788 bilhão, o maior entre os bancos médios de capital aberto. Bardini faz as contas: como o banco tem hoje R$ 7 bilhões em depósitos, o recolhimento de 20% representaria, caso não houvesse dedução, R$ 1,4 bilhão. Com o novo patamar de R$ 3 bilhões, os depósitos precisariam exceder R$ 15 bilhões para haver recolhimento de compulsório.
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