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Supervisão Bancária: BC tira 337 instituições do sistema

Sem alarde, o Banco Central (BC) retirou do sistema financeiro nada menos do que 337 instituições não bancárias de 2010 a outubro deste ano. Consórcios como o Marcos Marcelino, de Ananindeua (PA), o Motomax, de Sacramento (MG) e tantas outras pouco conhecidas distribuidoras de valores, corretoras e cooperativas saíram do sistema nos últimos três anos em meio a um processo de limpeza promovido pela autoridade.

O alarde causado pela descoberta de rombos bilionários em bancos como PanAmericano e Cruzeiro do Sul acabou encobrindo centenas de liquidações, cancelamentos de registro e incorporações de outras entidades não bancárias dentro de um projeto batizado pelo BC de “Sanea”.

Bastante semelhante à faxina feita nos bancos, o aperto na fiscalização das demais instituições supervisionadas pela autoridade teve como objetivo tirar do sistema aquelas que já não estavam operantes, que não exerciam atividade financeira ou que tinham problemas de capital ou de gestão.

Em termos de ativos, a avaliação da autoridade é que o impacto da operação foi pequeno. Isso porque os bancos concentram 98% do total. Hoje, ao fim do projeto “Sanea”, ainda restam cerca de 2 mil entidades não bancárias, que abrigam o restante dos ativos do sistema.

O maior efeito do “Sanea”, na avaliação da equipe do BC, se dá em termos de eficiência da própria autoridade. A maioria das 337 entidades que saíram do sistema já não estava mais vendendo consórcios, distribuindo títulos, dando empréstimos a cooperados ou fazendo operações de corretagem, segundo informou o BC ao Valor. Apesar disso, essas empresas exigiam que a autoridade gastasse tempo e recursos fazendo sua fiscalização, enquanto poderia centrar esforços em quem opera.

Foi a falta de atividade que levou ao cancelamento de registro dos consórcios Monza e Cineral, por exemplo. Em muitos casos, o Banco Central convidou os controladores a retirarem suas companhias da supervisão financeira. É por isso que algumas continuaram a existir, mas com atividades não financeiras. A Terra Companhia de Crédito Imobiliário, de Fortaleza (CE), mudou o estatuto social neste mês para retirar de suas atividades a concessão de financiamento.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.