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Risco País: Perto do calote, Grécia fecha bancos e limita saques

Gregos fazem fila para sacar dinheiro antes do início do regime de controle de capitais
Gregos fazem fila para sacar dinheiro antes do início do regime de controle de capitais(Stefanos Rapanis/Reuters/VEJA)

Sem conseguir um acordo com os credores internacionais, o governo grego anunciou que os bancos no país ficarão fechados a partir desta segunda-feira até o dia 6 de julho. A Grécia também vai limitar os saques nos caixas eletrônicos a 60 euros (cerca de 205 reais) por dia. Cartões emitidos no exterior não serão afetados pelo controle de capitais – uma medida que busca não espantar os turistas estrangeiros, responsáveis por uma importante parte da economia grega.

O feriado bancário foi a saída encontrada pelo governo grego para evitar a insolvência bancária na véspera do possível calote de 1,6 bilhão de euros no FMI (Fundo Monetário Internacional).

No último fim de semana, os gregos lotaram os caixas eletrônicos do país, temendo o colapso financeiro do país e uma cada vez mais próxima saída da Grécia da zona do euro. As negociações entre os credores (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) e o governo grego esfriaram depois que o primeiro-ministro Alex Tsipras decidiu realizar um referendo para consultar a população sobre as medidas de austeridade propostas pelo Eurogrupo. O plebiscito foi marcado para o próximo domingo, depois do prazo final para o pagamento da dívida da Grécia com o FMI. A notícia irritou os líderes europeus, que rejeitaram no sábado um pedido de Tsipras para a prorrogação do plano de resgate, o que garantiria a entrada imediata de uma parcela de ajuda e evitaria o calote. O premiê grego voltou a pedir uma extensão do socorro neste domingo, mas ainda não teve resposta.

A Grécia tem até esta terça para pagar uma dívida de 1,6 bilhão de euros com o FMI. Para isso, ela depende da liberação da última parcela do plano de resgate, no valor de 7,2 bilhões de euros. O Eurogrupo, porém, condiciona a liberação ao compromisso grego com novas medidas de cortes de gastos – uma imposição rejeitada por Tsipras. Caso a Grécia não consiga estender o prazo ou pagar a dívida com o FMI, vai entrar em calote e corre o risco de sair da zona do euro.

Fonte: Veja, (Com agências EFE e France-Presse)

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.