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Reforma europeia prevê consultoria separada de auditoria e com novo nome

O plano da Comissão Europeia que visa desmembrar as quatro maiores firmas de auditoria – conhecidas como “Big Four” – também as obrigaria a mudar o nome de seus consultorias.

Ontem, as autoridades de Bruxelas afirmaram que as mudanças obrigariam PricewaterhouseCoopers (PwC), Deloitte, Ernst & Young e KPMG a assumir uma reformulação parcial de suas marcas e reestruturar operações.

Michel Barnier, comissário europeu para assuntos internos, quer que as Big Four desmembrem suas empresas de auditoria e consultoria na União Europeia, com o intuito de tornar os auditores menos sujeitos a conflitos de interesse.

A Comissão Europeia quer implementar as reformas em um prazo de três a cinco anos, em um sistema que visa determinar se uma empresa é grande demais para permanecer integrada.

O órgão disse que todas as operações desmembradas em consequência da imposição não poderão manter o nome de sua ex-controladora. Mas não ficou claro se a nova companhia poderá preservar vestígios de sua antiga identidade em seu nome.

As empresas do setor têm um histórico controverso nesse quesito. A mudança do nome da antiga operação de consultoria da PwC para Monday, em 2002, foi alvo de ironias. Já Accenture revelou-se uma escolha mais durável para a ex-Andersen Consulting.

Ontem, as Big Four atacaram os planos de desmembramento anunciados pela Comissão. “Nossa capacidade de realizar auditorias é absolutamente, criticamente, dependente de nosso pleno acesso aos recursos de consultoria em nossa empresa”, afirmou John Griffith-Jones, presidente da divisão europeia da KPMG.

A CBI, entidade que reúne empregadores no Reino Unido, disse que o pacote de reformas elevará os custos das empresas em um momento já considerado difícil. “Essas propostas são a mais recente de uma longa série de distrações desnecessárias produzidas por Bruxelas”, disse Matthew Fell, um diretor.

Para evitar serem desmembradas, as firmas teriam de obter menos de um terço de seus honorários de auditoria de grandes clientes ou fazer parte de uma rede que fature menos de € 1,5 bilhão de euros por ano em honorários de auditoria no âmbito da UE.

Contadores em cargos elevados nas Big Four argumentaram que nem todas suas divisões seriam necessariamente afetadas, acrescentando que alguns trabalhos de auditoria também poderiam ser abandonados voluntariamente para evitar o desmembramento.

As reformas propostas ainda poderão ser modificadas antes de se tornarem lei. Entre outras medidas defendidas pela Comissão está um requisito para que as empresas troquem de firma de auditoria pelo menos uma vez a cada seis anos ou a cada nove anos se contratarem duas auditorias.

Fonte: Adam Jones e Alex Barker | Financial Times, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.