Quando a conduta nos negócios esquece o compliance, controles internos e os riscos…
Nos últimos 10 anos aconteceram vários escândalos financeiros, levando muita gente a perder grandes somas em dinheiro, nos investimentos, e por que isso acontece?
Gostaria de recordar alguns casos conforme abordei no painel em que fui mediador no ultimo GRM 2015 do Grupo Daryus, que foi um sucesso, tais como Enron, Worldcom, Xerox, Parmalat, Banco Panamericano, Banco BVA, Banco Cruzeiro do Sul, Banco Société Générale, Banco UBS, Siemens, Alston, Satyam Tecnology, Sadia, Aracuz, HSBC, OGX, Eike Batista, Olympus, Toshiba, Petrobras e as empreiteiras brasileiras.
Por mais que as empresas sejam auditadas, fiscalizadas e regulamentadas por diversos órgãos reguladores, as falhas em processos, as fraudes, e as perdas financeiras acontecem, mas até quando podemos suportar? Não é fácil avaliar, pois os escândalos vão surgindo a cada dia, até mesmo por que a mídia está próxima destas empresas, mas as empresas de pequeno e médio porte quem fiscaliza?
Não quero ser engenheiro de obra terminada, mas os erros se repetem ano após ano, até mesmo por que a ganancia é muito grande e a ausência de conduta e ética nos negócios é muito grande.
A Operação Lava Jato demonstrou e está demonstrando o tamanho do rombo que a corrupção e falta de conduta nas empresas tem causado no mercado, milhares de empresas paralisadas, instituições financeiras com provisão para devedores duvidosos crescendo a cada dia, as operações de credito reduzindo, o governo sem rumo e gestão, causam cada vez mais desconfiança nos processos de governança.
Em época de crise as empresas necessitam faturar e certos casos criam contabilidades criativas na busca de captação de empréstimos e financiamentos, que não sabem se poderão honrar, e sem contar algumas empresas que não fizeram a gestão de seus negócios, não avaliaram os riscos e descapitalizaram as empresas, e buscam agora financiamentos em bancos para suprir o rombo, mas como o governo não cortam as retiradas e os custos, o final da história já conhecemos.
Portanto, quando escolhi o tema “Quando a conduta nos negócios esquece o compliance, controles internos e os riscos…”, pensei em tudo isso, afinal estar em compliance é fazer as coisas dentro da lei e com boa conduta, controles internos serve para mediar a performance do negócio, mas lembram somente quando os gastos superam o faturamento, e os riscos não precisa nem comentar, precisa?
* Marcos Assi é professor e consultor da MASSI Consultoria e Treinamento – Prêmio Anita Garibaldi 2014, Prêmio Quality 2014, Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2013 e Comendador Acadêmico com a Cruz do Mérito Acadêmico da Câmara Brasileira de Cultura, professor de MBA na FIA, Saint Paul Escola de Negócios, UBS, Centro Paula Souza, USCS, Trevisan Escola de Negócios, entre outras, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional”, “Gestão de Riscos com Controles Internos” e “Gestão de Compliance e seus desafios” pela Saint Paul Editora. www.massiconsultoria.com.br
/