Problemas para alguns… e os bancos se armam para tomar clientes
Grandes e pequenos bancos que atuam no crédito consignado – com desconto na folha de pagamento – começaram a se armar ontem para tentar roubar negócios do Banco Cruzeiro do Sul, aproveitando-se da fraqueza do oponente a partir da decretação de Regime de Administração Especial Temporária, ontem, com afastamento dos controladores da gestão, sob suspeita de fraudes.
Enfrentar concorrentes ávidos por ganhar mercado é um dos grandes desafios do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) à frente do Cruzeiro se quiser preservar parte do banco para vendê-lo a novo controlador como foi dito. Se as operações de crédito do banco minguarem, o apetite pelo negócio tende a diminuir.
O Cruzeiro do Sul não é forte em convênios com aposentados pelo INSS, mas tem, por exemplo, uma boa atuação junto às Forças Armadas. Opera forte também com os funcionários públicos de Goiás e Santa Catarina, Estados com os quais mantém convênio. Esses devem ser alguns dos alvos da concorrência. A estratégia inclui desde tentar convencer os Estados a romper os convênios com o banco a uma tática mais de guerrilha, em que tentarão convencer os clientes, na ponta, a tomar um novo financiamento e liquidar seus empréstimos com o Cruzeiro.
O governo de Goiás informou que vai manter o Cruzeiro do Sul na lista dos bancos habilitados a conceder empréstimos consignados aos servidores públicos estaduais. Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de Goiás, Murilo Nunes Magalhães, como a instituição segue em funcionamento, apenas sob nova gestão, não há motivo para que o convênio seja suspenso ou encerrado. Com o banco em atividade, a suspensão só se justificaria se o Cruzeiro descumprisse regras do convênio, o que até agora não ocorreu.
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