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PF diz que quadrilha pode ter violado sigilo de até 10 mil pessoas

A chamada Operação Durkheim, deflagrada pela Polícia Federal hoje para desarticular dois grupos criminosos – um especializado na venda de informações sigilosas e outro voltado à prática de crimes contra o sistema financeiro, ligados por um investigado que atuava nas duas frentes – apreendeu até o momento cerca de R$ 600 mil e 27 carros de luxo, durante a prisão de 33 pessoas envolvidas no esquema e espalhadas por São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Pernambuco.

Dez policiais, sendo três federais, cinco policiais civis e dois militares foram presos na operação. Foram identificadas 10 pessoas ligadas a empresas de telefonia e um gerente de banco, que comercializavam dados de clientes. A PF já comprovou que pelo menos 180 pessoas foram lesadas pela quadrilha, dentre eles um senador da República, um ex-ministro de Estado, dois prefeitos e dois desembargadores, bem como uma filial de emissora de TV, um banco e diversas empresas.

Mas segundo o delegado Valdemar Latance Neto, “cinco mil, sete mil, até 10 mil pessoas” podem ter sido vítimas. “O que se mostrou foi uma banalização da violação do direito à privacidade. O comprador dos dados muitas vezes era uma pessoa comum, que suspeitava de uma traição no casamento, por exemplo. Havia entre os compradores grandes empresários, ligados a espionagem empresarial e um grande escritório de advocacia”, continuou o delegado.

Quase uma centena de contas no exterior ligadas ao esquema foram identificadas pela investigação, a maioria delas contas correntes alocadas em Hong Kong. Em território nacional, foram bloqueadas aproximadamente 20 contas, em nomes de pessoas jurídicas de fachada. No caso das operações financeiras ilegais, chamou a atenção da PF o grande volume de dinheiro movimentado – em alguns meses, até R$ 4 milhões.

Os delegados da PF responsáveis pela operação não quiseram detalhar o envolvimento do presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, no caso. Pela manhã, a PF adentrou a casa do dirigente em busca de documentos e ele prestou depoimento na sede da instituição, sendo liberado em seguida. O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon Filho, se limitou a dizer que a investigação não diz respeito às atividades de Del Nero ligadas ao futebol.

(Vandson Lima | Valor)

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.