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Para comprar BVA, Caoa quer aporte de R$ 500 milhões

O empresário Carlos Alberto de Oliveira, dono da concessionária de veículos Caoa, exigiu aporte de R$ 500 milhões do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para fechar a compra do Banco BVA.

A instituição está sob intervenção do Banco Central desde outubro de 2012.

O fundo garantidor, no entanto, se negou a colocar mais dinheiro no BVA. A alegação é que não pode aportar mais recursos para salvar uma instituição financeira deficitária do que perderia no caso de sua liquidação.

Maior credor do BVA, o fundo já pagou cerca de R$ 1,3 bilhão em indenização às pessoas e aos fundos que tinham dinheiro no banco.

Para viabilizar a venda do banco, o FGC aceitou receber R$ 150 milhões à vista e mais R$ 150 milhões a prazo (dependendo da recuperação do banco) para cobrir parte das indenizações feitas –ou seja, 23% do valor gasto.

O empresário, também chamado de Caoa, no entanto, retirou essa oferta e ainda exigiu o aporte de R$ 500 milhões para tocar o banco.

Aos demais credores, Caoa ofereceu pagamento à vista de 35% do valor da dívida e de mais 35%, dependendo do sucesso na recuperação do BVA. Ele já teria a adesão de cerca de 90% desses investidores –o BVA tem aproximadamente 5.000 credores.

Caoa pretende que o financiamento de carros de sua concessionária sejam o foco das operações do banco e deve mudar o nome da instituição para Banco Caoa.

A venda depende do apoio do FGC (instituição criada para garantir as aplicações dos correntistas) e também da aprovação do Banco Central, que, além da adesão dos credores, quer saber se Caoa tem condições de tocar o banco.

O empresário pretende contratar executivos de renome, alguns deles vindos do Banco Plural, de ex-sócios do antigo banco Pactual, que estruturou a operação.

Caoa tem a receber cerca de R$ 500 milhões do banco.

Procurados, o FGC e Caoa não quiseram comentar.

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.

One thought on “Para comprar BVA, Caoa quer aporte de R$ 500 milhões

  • Fabio Garcia de Carvalho

    Marcio. Bom Dia.

    Esta “PALHAÇADA” não tem fim? Sou um dos credores e da minha parte é simples: Os credores pessoa fisica (meu caso), vão entrar com ações para que os controladores do Banco BVA paguem com os seus bens o estrago. Quanto aos credores pessoa juridica (caso do Sr. CAOA), que tentem recuperar algo após as execuções das ações das pessoas físicas, pois a lei dita que estes serão os ultimos a receber, se sobrar algo.

    O que não dá mais para aguentar é esta “PALHAÇADA”, que mais parece estar tentando ganhar tempo para que os bens dos controladores possam ser transferidos para outros paises, contas e pessoas visando dificultar a recupareção destes para pagar aos credores pessoa física.
    Sr. CAOA, se vai realmente comprar o banco, FAÇA LOGO. Se não vai, SAIA DA FRENTE e deixe o Banco Central liquidar o banco BVA.

    Sei que as chances de recuperar algo são minimas, mas esta demora mais parace um plano para que todos tenham tempo de esconder tudo o que puderem. E com liquidação do banco vamos ver os controladores sem nenhum bem disponível para penhora. Será como se eles nunca tivessem tido a oportunidades de acumular bens e afins.

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