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Justiça nega pedido de autofalência do Banco Rural

O Jornal Valor Economico publicou hoje que, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o pedido de autofalência do Banco Rural, instituição que teve a liquidação decretada pelo Banco Central (BC) em agosto de 2013.

Em decisão dada no dia 19, o juiz Ronaldo Claret de Moraes diz que recebeu de acionistas e credores do Rural pedidos para que a falência do banco não fosse decretada, o que foi acatado pela Justiça. A falência foi requerida por Osmar Brasil de Almeida, liquidante do Rural.

Em nota, o Banco Central disse que discorda da decisão judicial e que irá recorrer. Procurado pela reportagem, o liquidante do Banco Rural não retornou o pedido de entrevista até o fechamento desta edição.

O juiz afirma na sentença que a autofalência poderia afetar sócios ou administradores das empresas do grupo Rural, que não foram consultados pelo liquidante.

“É latente o confronto de interesses entre o liquidante e os sócios e/ou ex-administradores das empresas autoras, eis que os últimos não concordam com o pedido de autofalência”, diz Moraes. Para ele, uma assembleia deveria ter sido convocada para decidir pelo pedido de autofalência.

O entendimento do juiz é que nem todas as empresas do conglomerado estão em processo falimentar, de acordo com os balanços apresentados. A sentença afirma que Banco Rural de Investimentos, Banco Mais e Banco Simples têm ativos superiores aos passivos, o que não caracteriza uma crise econômico-financeira. Só o Banco Rural estaria com o passivo a descoberto.

“Permitir que sejam declaradas falidas as empresas acima será prejudicar absurdamente os credores, pois não há dúvida de que o processo falimentar se constitui na pior forma de satisfação do direito do credor”, diz o juiz na decisão.

O juiz nomeou a empresa Trapézio, controladora do Rural, e alguns ex-administradores e acionistas como assistentes do processo: Wanmir Almeida Costa, João Heraldo dos Santos Lima (ex-presidente do Banco Rural), Marcelo Maia Arantes Farinha, Kátia Rabello (acionista), Roberto Maia Mendonça e Wanderlei São Felício.

O Rural teve suas operações abaladas desde a descoberta do envolvimento do banco no episódio do mensalão, em 2005. Desde então, a família Rabello precisou fazer uma série de aumentos de capital no banco.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.