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Investidores processam a Countrywilde (suspeita de fraude)

fraude contabilA Countrywide Financial, unidade do Bank of America adquirida em 2008, está sendo acusada de uma “fraude enorme”, num processo que está sendo movido por investidores que alegam que foram enganados em operações com títulos lastrados em hipotecas. A TIAA-CREF Life Insurance, a New York Life Insurance Co. e a Dexia Holdings estão entre os cerca de uma dúzia de investidores institucionais que entraram ontem com a petição inicial na Suprema Corte do Estado de Nova York.

Os investidores alegam que compraram centenas de milhões de dólares em títulos da Countrywide lastreados em hipotecas entre 2005 e 2007, porque queriam fazer investimentos conservadores e de riscos baixos. Disseram que confiaram nos contratos, prospectos e materiais fornecidos pela firma que eram imprudentemente, ou propositalmente, falsos.

“A Countrywide era uma empresa conduzida por um único propósito – originar e securitizar o maior número de empréstimos hipotecários possível em bônus lastreados em pagamentos de hipotecas, para gerar lucros para os acusados da Countrywide, sem consideração com os investidores que confiaram em informações falsas fornecidas a eles, a respeito dos certificados relacionados”, diz a petição.

O processo segue-se a ações por fraude movidas contra a Countrywide, relacionadas a supostas declarações adulteradas fornecidas aos investidores, referentes aos padrões de subscrição de empréstimos hipotecários da companhia. A petição menciona mais de 20 acusados, incluindo a Countrywide Home Loans, Bank of America, o cofundador e ex-executivo-chefe da Countrywide Angelo Mozilo e outros ex-executivos.

Shirley Norton, uma porta-voz do Bank of America, não quis fazer comentários ontem. Davie Siegel, um advogado de Mozilo, não retornou uma ligação telefônica para falar sobre o caso.

Em outubro, Mozilo concordou em pagar o recorde de US$ 67, 5 milhões para colocar um fim a alegações da Securities and Exchange Commission (SEC) de que havia enganado investidores.

O ex-diretor financeiro Eric Sieracki e o ex-diretor operacional David Sambol também fizeram acordos com a SEC. Nenhum deles admitiu irregularidades.

A SEC processou os três em junho de 2009, alegando que eles garantiram publicamente a qualidade dos empréstimos da Countrywide Financial, embora soubessem que, pelo menos desde o começo de 2005, a instituição estava alimentando seu crescimento permitindo a deterioração de suas diretrizes de subscrição, originando um número crescente de empréstimos subprime de risco.

Fonte: Karen Freifeld, Bloomberg, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.