Ibracon pede fim do rodízio de auditorias à CVM
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) pediu que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abra mão do rodízio compulsório de firmas de contabilidade nas companhias que instalarem um comitê estatutário de auditoria.
Essa foi uma das sugestões que a CVM recebeu durante uma audiência pública sobre o assunto, encerrada na segunda-feira. A autarquia informou que, agora, está avaliando todas as sugestões, mas não tem prazo para concluir sua análise.
A CVM estuda transformar em norma uma minuta de instrução em que amplia de cinco para dez anos o prazo para as empresas abertas fazerem a rotação de firmas. Obrigatório também na Itália, Índia, Cingapura, Coreia do Sul, o rodízio no Brasil só não é exigido nos bancos, que ficaram livres da tarefa após determinação do Banco Central.
As empresas que quiserem aderir ao rodízio ampliado, conforme proposta original da CVM, precisarão estruturar um comitê de fiscalização das atividades de auditores internos e externos. Para o Ibracon, a criação desse órgão, somada à adoção integral das normas internacionais de auditoria – inclusive as de controle de qualidade e independência -, “constitui o contexto apropriado para a descontinuação do sistema de rodízio obrigatório de firmas no Brasil”.
Fonte: Marina Falcão, Valor Economico
Minha Opinião
Infelizmente a idéia do rodízio era muito boa, mas muito pouco efetiva, pois quanto tempo demora para uma auditoria externa conhecer efetivamente o negócio de seu cliente? E mesmo assim acontecem fraudes como podemos citar o Carrefour e Banco Panamericano. Implementar normas e regulamentos não basta, necessitamos de profissionais e empresas de auditoria com maior capacitação profissional e seus auditores iniciantes com maior conhecimento operacional, mas falta tempo e profissionais para isso. Sempre me perguntei sobre a real efetividade do rodizio de auditorias, passei por isso em alguns bancos e sempre me assustava sobre o processo de transição. Vale a pena repensar no processo e nas metodologias.
Por Marcos Assi
