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Governança Corporativa: Relações com Investidores de empresas não são poupados pela CVM

Os executivos que comandam as áreas de Relações com Investidores das empresas brasileiras não têm sido poupados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em processos investigados pela autarquia, mostra um levantamento realizado pelo escritório o escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados.

“Pelos números que levantamos, de 2007 até 2012 foram 220 processos julgados na CVM. Do total, 68 envolveram RIs e, deles, os diretores foram penalizados em 61”, explica Carlos Augusto Junqueira, sócio do escritório em entrevista para EXAME.com. O especialista participou, nesta semana, do lançamento de um guia que pretende auxiliar esse tipo de profissional.

Guia

O Guia de Relações com Investidores foi desenvolvido em parceria com a BM&FBovespa e o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pretende prestar ajuda às empresas que já possuem capital aberto e também para as que ainda estão no processo de formação do departamento.

O documento, publicado pela primeira vez em 2007, foi revisado principalmente por conta das mudanças na mudança da instrução 202 da CVM para a 480, que modernizou as regras do mercado de capitais brasileiro e que aposentou o antigo Formulário de Informações Anuais para dar lugar ao Formulário de Referência. Com ele, as empresas que pretendem realizar novas emissões de títulos ou ações ao público não precisam mais passar por um processo penoso a cada vez que buscam o mercado.

“Uma comparação possível é dizer que a mudança do Formulário de Informações Anuais para o Formulário de Referência representou algo como a alteração do padrão contábil nacional BR GAAP para a norma internacional IFRS (International Financial Reporting Standards). É um documento mais trabalhoso e a ideia do guia é facilitar a vida do diretor de RI”, analisa Junqueira.

Salto de qualidade

Na avaliação do sócio da Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, o nível de qualidade dos profissionais de RI saltou de 2007, quando houve uma avalanche de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), para 2012. Ele ressalta, porém, que é preciso uma nova onda de aberturas de capital para notar se o cenário realmente mudou.

Muitas operações realizadas naquele período foram aceleradas para aproveitar a janela do mercado e posteriormente criticadas pela falta de qualidade da informação sobre as empresas. “Estamos tentando ensinar os bombeiros antes do incêndio, ou seja, antes de a empresa chegar à operação de abertura ao mercado”, explica.

Fonte: Gustavo Kahil, de 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.