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Gestão de Riscos: Após Cruzeiro do Sul e Prosper, BC decreta intervenção no banco BVA

O Banco Central decretou nesta sexta-feira (19) intervenção no banco BVA, especializado em crédito para companhias de médio porte, citando comprometimento da situação econômico-financeira da instituição.

Em comunicado, a autoridade monetária afirma que foram detectadas “graves violações às normas legais” e “descumprimento de normas que disciplinam a atividade da instituição”.

Entre as “graves violações” está o fato do banco BVA não ter apresentado nenhum balanço auditado em 2012.

Além disso, o BVA sofreu uma inspeção do BC neste ano, na qual foram pedidos cerca de R$ 150 milhões em provisões adicionais para créditos duvidosos. Isso fez o BVA apurar prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões no primeiro semestre.

Controladores terão bens bloqueados

Segundo o BC, o BVA, controlado por José Augusto dos Santos e pelo financista Ivo Lodo, detém 0,17% dos ativos do sistema financeiro nacional e 0,24% dos depósitos. A instituição possui sete agências nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

A intervenção foi decretada pouco depois do anúncio da liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper, em 14 de setembro

Segundo o BC, todos os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição ficam indisponíveis.

Governo está pressionando pela redução de custos

A intervenção do BC acontece em um momento em que o governo está pressionando pela redução de custos de empréstimos e redução de tarifas bancárias. Alguns analistas dizem que bancos de médio porte são os mais prejudicados, já que a pressão pela queda dos juros pesa sobre suas receitas e encoraja práticas de empréstimo mais arriscadas.

Em balanço de 2011 publicado em março, o BVA informa que fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 63,2 milhões, queda de 29% sobre o resultado positivo de 2010. Os ativos encerraram o exercício em R$ 6,74 bilhões, alta de 48,8%.

Dois bancos foram fechados há pouco mais de um mês

O Banco Central (BC) anunciou no mês passado o fechamento dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper. O Cruzeiro do Sul estava sob intervenção do Banco Central desde o início de junho.

O plano de recuperação do banco Cruzeiro do Sul, que tinha patrimônio negativo em R$ 2,237 bilhões até a intervenção ocorrida em 4 de junho, previa, além da reestruturação da dívida, a venda da instituição.

Já a liquidação do Banco Prosper, que teve proposta de mudança de controle para o Banco Cruzeiro do Sul não aprovada, ocorreu devido a sucessivos prejuízos que vinham expondo seus credores.

FGC garante até R$ 70 mil

Em caso de fechamento do banco, como ocorreu no Cruzeiro do Sul, por exemplo, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante até R$ 70 mil por cliente (CPF ou CNPJ).

O FGC é uma entidade privada mantida pelos bancos. O objetivo do fundo é justamente dar garantias aos investidores e clientes quando uma instituição é liquidada.

Entre os investimentos que são cobertos pelo fundo estão as aplicações em conta poupança, no CDB e nas LCI (Letras de Crédito Imobiliário), além das letras hipotecárias e as letras de câmbio.

Fonte: UOL

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.