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Gerente do BB suspeito de golpe milionário em empréstimos é solto

fraude1O gerente do Banco do Brasil (BB) Alexandre Rosato, suspeito de integrar um esquema que desviou cerca de R$ 35 milhões de financiamentos agrícolas, foi solto na madrugada deste domingo (6) após cumprir cinco dias de prisão temporária na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo.

Rosato, o ex-gerente do BB Rafael Garcia Spirlandeli, apontado como chefe da quadrilha, outros dois homens indicados como agenciadores de laranjas e um engenheiro ambiental, suspeito de emitir laudos falsos para aprovação dos empréstimos, haviam sido presos na última terça-feira (1º).

O advogado André Miguel Alberto de Araújo, que defende Rosato, afirmou que o cliente saiu da carceragem da PF e voltou para Guará (SP), onde mora. Ele permanecerá afastado das funções na agência até o fim das investigações da polícia, conforme informações do banco.

Araújo disse que deve se encontrar com Rosato nos próximos dias para conversar sobre o caso. “Ele está bem, apesar de tudo o que aconteceu, está bem. A gente vai provar a inocência dele nesse processo”, disse.

Esquema
Segundo a PF, o golpe ocorreu entre julho de 2014 e março desse ano, e estava centralizado na agência do BB em Guará, onde Spirlandeli atuou como gerente até abril desse ano, quando pediu exoneração do cargo.

As investigações apontam que dois homens conseguiam nomes de laranjas e usavam os dados dessas pessoas para abrir contas no BB. Em seguida, o engenheiro ambiental emitia laudos falsos e, com a aprovação de Spirlandeli e Rosato, os financiamentos agrícolas eram aprovados.

Ainda segundo a PF, ao menos 30 pessoas foram usadas como laranjas e recebiam R$ 5 mil para participar do esquema. Sete já prestaram depoimento e outros 15 foram identificados. O delegado Flávio Vieitz Reis disse que familiares dos suspeitos também atuaram na fraude.

Os empréstimos, segundo Reis, eram de valores em torno de R$ 500 mil. O dinheiro desaparecia após ser depositado e, como as contas eram abertas com documentos falsos, o banco não conseguia cobrar a dívida.

Desdobramento
Spirlandeli pediu exoneração do BB em 22 de abril desse ano, assim que uma auditoria interna foi instaurada pelo banco para investigar os financiamentos agrícolas que estavam sendo concedidos na agência administrada por ele.

Em nota, o Banco do Brasil informou que afastou os funcionários envolvidos assim que constatou indícios de irregularidades e colabora com as autoridades competentes para apuração do caso.

Ainda de acordo com o delegado da PF, antes de assumir a gerência da unidade do BB em Guará, Spirlandeli foi gerente em uma agência em Morro Agudo (SP). Por isso, a suspeita de que o mesmo golpe tenha sido aplicado nessa cidade não está descartada.

O grupo responderá por gestão fraudulenta, uso indevido de dinheiro público, integração de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.

Fonte: Globo.com

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.