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Fraudes na Internet – Veja o ranking dos crimes virtuais no País.

O Ceará ocupa o topo do ranking percentual de fraudes ou tentativa de fraudes em transações virtuais feitas com cartões de crédito. Em pesquisa com dados de 2010, a empresa Clearsale avaliou as 26 Unidades da Federação (UFs) e o Distrito Federal. É dela o gerenciamento de 80% dos dados do e-commerce (comércio eletrônico) brasileiro. Da amostragem de 115.612 operações do Estado avaliadas, 15% apresentaram clientes com informações pessoais utilizadas de forma indevida por terceiros em mais compras. Em alguns casos, a transação foi efetivada. Em outros, não foi concluída.

A estatística desconsidera bancos ou bandeiras. Mas alerta para a fragilidade da rede de vendas digitais, onde quase nunca é exigida a apresentação de senhas, assinaturas ou documentos de identificação. Basta dispor de informações básicas do cartão, como nome do proprietário, números, data de validade e código de segurança do verso. “Em qualquer lugar que você usa, se anotam as sequências. Posteriormente podem comprar como se fosse você”, alerta o gerente da Clearsale, Rafael Lourenço.

Ações em sites de companhias aéreas não foram contabilizadas. Somente clientes ativos em compras na Internet desde 2009 entraram na análise. “Para chegarmos ao resultado, somamos as fraudes que evitamos – com um analista que confirmou o ilícito – e as concretizadas através dos pedidos de estorno”, acrescenta Lourenço.

A Bahia aparece logo após o Ceará, com problemas em 12% das 293.387 operações inspecionadas. Alagoas (8%), Rio Grande do Norte (8%), Distrito Federal (7%) e Pará (7%) fecham a lista dos mais incidentes. “Existe site feito só para esse tipo de golpe, porque o mais comum crime organizado tem segmento de captura de dados. As pessoas devem comprar em lojas confiáveis. De preferência, que existam no mundo físico”, sugere o diretor de inteligência da Clearsale, Bernardo Lustosa.

Em nota enviada ao O POVO, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) disse que as perdas com fraudes eletrônicas subiram 36% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2010.

Ano passado, o prejuízo foi de R$ 504 milhões – contra R$ 685 milhões deste ano. A entidade atribui isso a três fatores: maior utilização da Internet como meio de pagamento de contas, inexistência de legislação para punir esse tipo de crime e descuido dos usuários em relação a procedimentos de segurança. Porém, assegura que os “bancos procuram conscientizar seus cliente e publicar dicas de segurança em seus sites”. (Colaborou Tiago Braga).

ENTENDA A NOTÍCIA

Você deposita os dados do cartão de crédito num site de compras e eles são clonados por quadrilhas especializadas. Em seguida, elas utilizam essas informações em outras operações. É preciso registro de Boletim de Ocorrência.

SAIBA MAIS 

De acordo com o delegado Jaime de Paula, a quebra de sigilo telemático da máquina onde a fraude ocorreu pode ser solicitada na Justiça para facilitar as investigações.

Os trabalhos acontecem no local de origem do site em questão. Onde a vítima mora só se registra um Boletim de Ocorrência. “Não há como garantir total segurança na Internet. A Internet é um campo sem lei”, diz Jaime.

Dicas para quem é vítima de crimes eletrônicos

1. Procurar a delegacia mais próxima e registrar B.O. Em seguida, o banco e a bandeira do cartão. “Para resguardar direitos, prevenir obrigações e Estado e instituição financeira tomarem providências”, diz o advogado Carlos Eduardo Paz.

2. No caso de banco federal, acionar a Polícia Federal e Justiça Federal.

3. O cliente deve solicitar o estorno do valor utilizado indevidamente por terceiros. A devolução, no entanto, não é obrigatória. Segundo Carlos Eduardo Paz, o comum é banco e administradora de crédito fazerem auditoria interna que dure de cinco a 15 dias.

4. Após a auditoria, as entidades divulgam se o usuário é considerado responsável pelas transações ou se foi, de fato, lesado.

5.Se for considerado “culpado”, pode ter o Cadastro de Pessoa Física (CPF) negativado no Serasa e SPC, por exemplo. Do contrário, a dívida deixa de existir e o dinheiro é devolvido.

Fonte: Bruno de Castro, brunobrito@opovo.com.br

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.