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Fraudes batem recorde no Brasil

De acordo com o indicador da Serasa Experian, divulgado esta semana, em 2013 foram registradas 2,2 milhões de tentativas de fraudes contra consumidores no Brasil, o que equivale a uma tentativa de golpe a cada 14,5 segundos no País.

Com alta de 3,04% em relação ao mesmo período do ano passado, o resultado atingiu recorde histórico do indicador. Em 2012 foram registradas 2,1 milhões de tentativas. Se comparado com o ano de 2011, quando ocorreram 1,9 milhão, a alta foi de 12,39%. Já em relação a 2010, o aumento foi de 17,56%, pois no período foram registrados 1,8 milhão de golpes.

Para Hugo Costa, presidente da ACI Worldwide no Brasil, empresa focada em softwares de prevenção a fraudes, os cuidados devem ser tomados tanto pelos consumidores, que são uma parte importante do processo, senão a principal, quanto dos fornecedores de cartões e instituições financeiras.

“É comum os fraudadores utilizarem da criatividade e dados falsos ou informações de vítimas para aplicar golpes na emissão de cartões de crédito, compra de automóveis, celulares, abertura de conta corrente, financiamento de eletrônicos e outras atividades que a criatividade permitir”, reforça o especialista em prevenção a golpes bancárias.

Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa, estão: As tentativas para solicitação de cartões de créditos usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão. Outra tendência notada no País é a realização de compras de produtos eletrônicos utilizado identificações roubadas, deixando a vítima do roubo com as contas para pagar.

O relatório da Serasa Experian também aponta a prática criminosa de abertura de contas em bancos usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a despesa para a vítima. Neste caso, toda a cadeia de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa o prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.

O indicador trata de roubos de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para fechar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos.

Perigo constante

Mesmo com os números apresentados acima, muitos consumidores continuam apresentando comportamentos de risco no momento em que realizam as transações bancárias ou eletrônicas e que podem colocá-los em situações de fraudes financeiras, incluindo o envio de documentos com informações importantes para as lixeiras de e-mails e a utilização de computadores públicos ou sem software de segurança para acessar sites como Internet banking e lojas online.

“Este é um ponto de atenção”, afirma Costa. “Apesar do Brasil ser um país em potencial para o uso de smartphones para pagamentos móveis, internet banking, compras no comércio eletrônico e outros serviços, temos que ter em mente que a maioria da população brasileira foi recentemente bancarizada e até pouco tempo ainda tinha o dinheiro e o cheque como primeiras opções para realizar transações. Por isso, ainda é tão comum as pessoas estarem menos atentas e serem vítimas de fraudes. Mas isso precisa mudar”, complementa o executivo.

Para evitar fraudes, é recomendado que os consumidores não forneçam dados pessoais para pessoas estranhas, em pesquisas ou promoções, em sites que não sejam de confiança e nas redes sociais. Também é importante manter o antivírus atualizado para evitar o roubo de dados do computador.

Fonte: Risk Report

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.