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Investigação liga fraude contábil da Olympus a crime organizado

Promotores públicos japoneses vão interrogar um ex-presidente da Olympus por um escândalo na fabricante de câmeras e equipamentos médicos, e investigadores estão em busca de uma possível conexão entre a empresa e o crime organizado, de acordo com reportagens publicadas nesta sexta-feira, 18.

Tsuyoshi Kikukawa, que renunciou à presidência da companhia em 26 de outubro, e dois outros ex-executivos prestarão depoimentos voluntários talvez já neste final de semana, informou a agência de notícias Kyodo.

A Olympus, líder mundial na fabricação de endoscópios para diagnóstico médico, admitiu que ocultou prejuízos por décadas, utilizando métodos indevidos de contabilidade, mas ainda não revelou a extensão dos problemas que ocultou e que perdas terá de registrar agora em função disso.

O novo presidente da companhia, Shuichi Takayama, atribuiu a Kikukawa, ao vice-presidente Hisashi Mori e ao auditor interno Hideo Yamada a culpa pelo acobertamento, e disse que estava estudando apresentar queixas criminais contra eles. Mori foi demitido, e Yamada apresentou um pedido de demissão.

Rombo. O New York Times publicou que as autoridades japonesas estão investigando um aparente rombo de US$ 4,9 bilhões nas contas da Olympus, bem como o possível envolvimento do crime organizado.

A Olympus fez pagamentos de valor muitas vezes superior aos prejuízos que estava tentando ocultar, e investigadores suspeitam que boa parte desse dinheiro adicional tenha sido encaminhado a quadrilhas do crime organizado, mencionou o jornal, citando um memorando redigido por investigadores.

O memorando informa que as autoridades desejam determinar se a Olympus colaborou com grupos do crime organizado para obscurecer seus prejuízos, e se pagou quantias vultosas por essa ajuda, diz o jornal, acrescentando que o memorando circulou em recente reunião entre funcionários da Comissão de Vigilância de Valores Mobiliários, da promotoria pública e da polícia metropolitana de Tóquio.

Uma porta-voz da polícia de Tóquio confirmou que a Olympus estava sendo investigada mas se recusou a revelar detalhes. A promotoria e a comissão de valores mobiliários não quiseram comentar.

O New York Times citou o memorando para revelar que a Olympus teria pago 481 bilhões de ienes (US$ 6,25 bilhões) em aquisições, investimentos e honorários de consultoria questionáveis, entre 2000 e 2009, e que apenas 105 bilhões de ienes (US$ 1,36 bilhão) desse total tinham sido registrados em sua contabilidade.

Fonte: REUTERS

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.