Fed fará nova rodada de teste de estresse em bancos
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai submeter as carteiras de empréstimos e de transações dos maiores bancos dos Estados Unidos a testes em cenários de recessão econômica severa e choques do mercado europeu.
O ponto mais rigoroso do teste irá assumir um modelo de taxa de desemprego de 13% e um declínio de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.
Cerca de 30 bancos serão submetidos ao teste como parte da análise do plano de capital de 2012. Nele, serão projetadas receitas, perdas e posições de capital até o final de 2013 utilizando quatro cenários diferentes, dois fornecidos pelo Fed e dois definidos pelo próprio banco.
Cada cenário do Fed usa cinco medidas de atividade econômica e de preços, quatro medidas agregadas de preços de ativos ou condições financeiras, além de quatro medidas de taxas de juro. Os seis maiores bancos também terão suas carteiras de transações (com ativos de renda fixa e variável) testadas num possível “choque de mercado global,” disse o Fed.
O “Comprehensive Capital Analysis and Review”, CCAR na sigla em inglês, se tornou uma peça central de supervisão do banco central dos EUA. É também um exame sobre a tomadas de decisão dos diretores e conselhos de administração dos bancos. O Fed está avaliando o quão bem eles entendem os seus riscos e as demandas de ganhos e capital dos novos padrões dos acordos internacionais e do ato Dodd-Frank, nos EUA.
“O objetivo dos planos anuais de capital, que se baseiam na CCAR realizada no início deste ano, é garantir que as instituições sejam robustas, voltadas para um planejamento de capital que considere seus riscos individuais, além de ajudar a garantir que as instituições tenham capital suficiente para continuar suas operações sob estresse econômico e financeiro”, disse o Fed em comunicado.
O Fed irá publicar os resultados dos testes dos 19 maiores bancos, além dos seis bancos com as maiores operações comerciais, que terão que estimar as potenciais perdas num hipotético “choque do mercado global”.
Fonte: Bloomberg News, Valor Economico