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Erro de digitação interrompe roubo de quase US$ 1 bilhão

Joel SagetAFP‘Fandation’. Foi a grafia errada da palavra foundation que impediu o roubo de quase US$1 bilhão no mês passado, envolvendo o banco central de Bangladesh e o Federal Reserve de Nova York.  Ainda assim, hackers, não identificados, conseguiram, entre os dias 4 e 5 de fevereiro, levar cerca de US$80 milhões em um dos maiores roubos a bancos já registrados.

Os hackers invadiram os sistemas do banco central de Bangladesh no mês passado e roubaram credenciais para transferências de pagamentos, afirmaram duas autoridades da instituição monetária.

Eles então bombardearam o Fed de Nova York com dezenas de pedidos de transferência de dinheiro da conta do Banco de Bangladesh para outras entidades nas Filipinas e Sri Lanka, afirmam as autoridades.

Quatro pedidos para transferência de um total de cerca de US$81 milhões foram realizados, mas um quinto, de 20 milhões, para uma organização sem fins lucrativos do Sri Lanka, não foi aceito porque os hackers escreveram errado o nome da ONG, que não teve o nome completo divulgado.

Segundo uma das autoridades, os hackers escreveram errado “foundation”, que aparece no nome da organização, e digitaram “fandation”. A palavra errada fez o banco que direcionaria a transferência, Deutsche Bank, buscar esclarecimentos com o banco central de Bangladesh, que interrompeu a transação.

O número elevado de instruções de pagamento e os pedidos de transferência para entidades privadas também causou suspeitas no Fed, o que fez com que a autoridade monetária dos Estados Unidos também alertasse o governo de Bangladesh.

As transações que foram interrompidas totalizavam entre US$850 milhões e US$870 milhões, disse uma das autoridades.

O Banco de Bangladesh afirmou que recuperou parte do dinheiro roubado e que está trabalhando com autoridades contra lavagem de dinheiro nas Filipinas para tentar recuperar o restante. Ainda assim, mais de um mês depois do ataque, há dificuldades para rastrear o montante, reforçar a segurança, além de identificar as fraquezas no sistema e os hackers, que seriam chineses.

Especialistas em segurança acreditam que os hackers tinham conhecimento profundo do funcionamento do banco central de Bangladesh, obtido provavelmente por meio de espionagem de funcionários da instituição.

O governo de Bangladesh está responsabilizando o Fed por não ter interrompido as transações antes. O ministro das Finanças do país, Abul Maal Abdul Muhith, afirmou na terça-feira que Bangladesh poderá processar o fundo americano para recuperar o dinheiro.

O Fed de Nova York, por sua vez, afirmou que seus sistemas não foram invadidos e que tem trabalhado com o banco central de Bangladesh desde que o incidente ocorreu. (Com informações da AFP)

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.