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Entenda os impactos da operação Lava Jato na economia brasileira

Obras paralisadas, corte de investimentos e demissões são alguns dos efeitos colaterais da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. Segundo dados da consultoria Tendências, a operação deve ter um impacto negativo de 2,5% no Produto Interno Bruto.

Diante de tantos desequilíbrios econômicos acumulados nos últimos anos, é fato que o desempenho da economia seria fraco, mas o fenômeno Lava Jato tornou o cenário muito pior. “Não fosse o impacto da operação, a recessão brasileira seria bem menor. A Lava Jato paralisou setores que têm um peso grande nos investimentos totais da economia”, diz a economista Alessandra Ribeiro.

Já para a consultoria GO Associados, os impactos direitos e indiretos da operação estão na casa dos R$ 142,6 bilhões.A consultoria Tendências calcula que os investimentos da Petrobras seriam equivalentes a 2% do PIB, e os aportes de grandes construtoras envolvidas no  de infraestrutura, 2,8%.Em função da Lava Jato, construtoras como a Odebrecht e a Camargo Correa, revisaram seus planos de investimentos, além da própria Petrobras, que reduziu em mais de 30% o volume de investimentos previstos até 2019.

Em seu conjunto, os investimentos de todas as empresas envolvidas chegariam a quase 5% do PIB, em um país em que o nível total dos investimentos varia de 17% a 20%.Outro forte impacto deve se dar no consumo das famílias, na medida em que um dos efeitos da Lava Jato é a demissão de trabalhadores. Muitas empresas do setor de óleo e gás e construção civil realizaram demissões nos últimos meses. Assim, o aumento do desemprego e a inflação elevada devem resultar em contração da renda real (queda de 0,5% neste ano), algo que não acontecia desde 2003.

Segundo a economista da Tendências, no curto prazo é difícil fazer algo que possa suavizar os impactos da Lava Jato na economia especialmente em um momento de necessidade de investimentos em infraestrutura.

“No entanto, toda a crise cria janela de oportunidades. Neste sentido, há a possibilidade de empresas nacionais de médio porte associarem-se a empresas estrangeiras, tendo em vista aumentar sua participação no mercado, inclusive, em novas concessões de infraestrutura. Adicionalmente, há a possibilidade de se abrir o mercado para empresas de construção estrangeiras, para possibilitar que os projetos em ferrovias, portos, aeroportos e rodovias saiam do papel”, afirma Alessandra.

Para ela, o lado positivo se deve ao fato de que as instituições estão funcionando e o risco de os corruptos serem pegos está aumentando – o que tende a limitar a corrupção no longo prazo. Fernando Marcato, da GO Associados, avalia que, embora o resultado de uma operação como essa possa ser uma melhoria institucional, terá um efeito indesejado para a economia se comprometer a própria existência de algumas empresas. “É preciso discernir entre indivíduos que cometeram falhas e as empresas, que são grandes geradoras de emprego e devem ter sua capacidade de investimento preservadas”, destaca Fernando.

Fonte: Isabella Abreu/dinheirama.com.br

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.