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Delegacia de crimes eletrônicos registra mais de 270 casos este ano

Quando foi implantada, em 2001, a 4ª Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado) registrou 60 casos envolvendo crimes virtuais. Os delitos, que vão desde crimes de difamação até casos mais graves como extorsão e roubo, já somam, apenas neste ano, mais de 270 registros. Para a polícia, as pessoas ainda pensam que não podem ser pegas.

Veja alguns casos esclarecidos pela delegacia:

Fraude no Banespa

Em 2005, o Banco Banespa informou o Deic que, entre os dias 30 e 31 de agosto daquele ano, 300 veículos tiveram débitos quitados com dinheiro furtado de clientes. O prejuízo do banco foi de R$ 490 mil. A polícia conseguiu identificar um hacker de 27 anos, que fazia o serviço. Ele contava com outros três “despachantes” que atuavam na zona sul e leste da Capital e em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, buscando clientes, com a promessa de quitar os débitos com desconto.

O hacker, treze proprietários de carros e os três despachantes vão ser indiciados. A polícia continua investigando o caso, pois há indícios da fraude em Santos, Campinas e Ribeirão Preto.

Vírus na sala de bate-papo

Em fevereiro deste ano, o Portal UOL denunciou que estavam divulgando propagandas de conteúdo pornográfico contendo vírus em suas salas de bate-papo. Ao clicar no link, o usuário era direcionado à página de conteúdo pornográfico, mas informações contidas em seu computador eram copiadas e o vírus, instalado na máquina. Ele entrava novamente na sala de bate-papo com o nome do usuário e começava a disseminar o vírus. Estima-se que 90 mil computadores tenham sido infectados.

No mês passado, a polícia encontrou um empresário de 24 anos de Tremembé, no interior paulista, que havia contratado dois programadores para criar o vírus com o intuito de divulgar suas páginas. A polícia ainda não sabe se o empresário tinha conhecimento de que as informações dos usuários eram copiadas. Segundo informações do Portal, alguns de seus clientes tiveram contas saqueadas no mesmo período de infecção pelo vírus. A investigação continua.

Transferência de recursos

Em 2002, o Bradesco e o Unibanco informaram à polícia sobre transferências fraudulentas de recursos de contas de clientes. Por meio do rastreamento, no mesmo ano, a polícia conseguiu prender, na zona leste da Capital, três rapazes: um que havia cedido o cartão bancário por R$ 50, outro que arrecadava os cartões e o chefe da quadrilha que fazia as transferências.

No mês passado, outras quatro pessoas foram indiciadas por envolvimento no caso. Ainda não há estimativa de quanto foi movimentado pela quadrilha. A polícia continua investigando o caso.

Estelionato

Em 2005, a empresa de importação e exportação Rubro Comercial recebeu via e-mail uma proposta para transportar uma carga de açúcar. No e-mail, o proponente do negócio, estimado em R$ 1 milhão, era uma usina do interior paulista. Desconfiado, o gerente da transportadora continuou a negociação por dois meses e acionou a polícia. A usina negou que estivesse em negociação para o transporte.

Ao chegarem para fechar o suposto negócio, ainda em 2005, um advogado, um contador e um técnico de manutenção foram pegos pelos policiais. Entretanto, eles só foram indiciados por estelionato, em agosto deste ano, quando a polícia terminou de reunir as provas contra o trio. A delegacia de crimes eletrônicos só foi acionada porque toda a negociação foi feita por e-mail.

Honda do Brasil

Em abril de 2007, foi postado um vídeo profissional no site YouTube, com mensagens difamatórias relacionadas ao diretor da Honda no Brasil. O link do material, intitulado “O caixa 2 da Honda no Brasil”, foi enviado para inúmeros endereços, entre eles da imprensa, Ministério Público, Polícia Federal e todos os revendedores da Honda no país. Em meados de abril, o vídeo registrava mais de 1.800 visitas e ao menos três sites haviam reproduzido a calúnia.

Policiais da Delegacia de Delitos cometidos por meios eletrônicos do Deic conseguiram chegar a uma agência de publicidade, no Itaim Bibi, onde dois funcionários foram indiciados. No computador deles, foram encontrados resquícios da confecção do vídeo. Eles afirmaram à polícia que foram contratados para realizar o trabalho free-lance. Os policiais buscam identificar agora o mandante do crime.

Onde buscar ajuda

Para buscar orientação sobre como agir caso seja vítima de algum crime cometido por meio eletrônico, o internauta pode procurar na capital a 4ª Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos. Nas cidades onde não há delegacias especializadas, o internauta deve procurar o distrito policial mais próximo de sua casa.

Polícia Civil – 4ª. Delegacia de Delitos Cometidos por meios Eletrônicos  – DIG/DEIC

Avenida Zack Narchi,152 – Carandiru, São Paulo-SP (Perto da antiga detenção do Carandiru, próximo ao Center Norte, estação do metrô do Carandiru) Telefone: 0xx11 – 6221-7030 / 6221-7011 – ramal 208

Bárbara Mayumi

Da Secretaria da Segurança Pública

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/delegacia-de-crimes-eletronicos-registra-mais-de-270-casos-este-ano/

 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.