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Cuidado para não se enrolar – Finanças pessoais em ação

CalculosNão é preciso ser vidente para saber que o maior desafio do consumidor em 2011 será lidar com o abundante volume de crédito na economia. “O crédito é a corda em que mais e mais consumidores brasileiros podem se enrolar”, diz o educador financeiro Mauro Calil. Ela divide consumidores em dois grupos: os gastadores, que pagam juros, e os poupadores, que recebem rendimentos. A escolha de onde ficar depende só do consumidor.

Para evitar o rolo, a saída é buscar mais conhecimento – mesmo o consumo é algo que se aprende. “A educação para o consumo inclui ter noção dos custos diretos e indiretos de qualquer decisão”, diz a especialista em educação financeira Cássia D’Aquino.

As compras exageradas com cartão de crédito podem virar um show de horrores

Um exemplo é o da família que adquire seu primeiro carro e pensa apenas em quanto vai pagar pela gasolina, não colocando na conta itens como seguro e manutenção. A indisciplina levará o consumidor a se enrolar. Para sair do novelo, a solução passa por cortar as cordas.

Calil conta que ajudou um assessor parlamentar que havia se enforcado com a compra de um carro de luxo, que lhe custava R$ 4,5 mil mensais. Calil resolveu o problema, mas o assessor teve de abrir mão do carro. “Esse é um exemplo de alguém que não pensou antes de contrair uma dívida.”

O pouco traquejo do brasileiro ao lidar com o consumo pode ser explicado por sua inexperiência. Milhões começaram a adquirir seus primeiros automóveis e equipamentos eletrônicos nos últimos anos, estimulados pelo aumento da oferta de crédito.

Sem saber fazer contas, esses recém-chegados se complicaram com os abundantes rolos de corda fornecidos por bancos, financeiras e redes de varejo. Os campeões em criação de problemas são os juros altíssimos cobrados nos cartões de crédito. “É preciso que fique claro para o consumidor que cada vez que ele usa o cartão de crédito está assumindo uma dívida”, diz Cássia D’Aquino.

Para não se enrolar, os especialistas recomendam duas posturas básicas. A primeira é não comprar por impulso. A segunda é estabelecer os grandes objetivos de consumo a serem obtidos no longo prazo.

Liçao de casa

Por exemplo, uma viagem longa ou a compra de um carro. “Se quiser comprar uma casa maior, ele terá de abrir mão da terceira televisão de plasma”, diz Ricardo Torres, professor de finanças da Brazilian Business School (BBS). Ele explica que programação é fundamental. “Sempre dá para fazer o dinheiro sobrar.”

Os especialistas reconhecem que, lentamente, a situação começa a mudar. O consumidor tem aprendido que é preciso adiar o consumo para comprar melhor. E ele também se conscientiza, geralmente após passar por um período difícil, de que precisa de um fundo de emergência para os momentos de desemprego ou doenças. Afinal, ninguém se desenrola se não treinar para isso.

Fonte: Flávia Lima, Istoé Dinheiro


marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.