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Crise do PanAmericano: Basileia chegou a 3,3% e BC cobrou solução

No início de 2011, o discurso da administração transitória do PanAmericano, chefiada na época por Celso Antunes, era de que as ações anunciadas até então – como o aporte de R$ 1,3 bilhão feito por Silvio Santos por meio de um empréstimo com o FGC, a venda de uma carteira de crédito de R$ 3,5 bilhões para o FGC e o acordo para cessão de até R$ 8 bilhões em empréstimos para a Caixa – seriam suficientes para restabelecer os limites operacionais do banco até fevereiro.

Como nem tudo saiu como o previsto com a descoberta de que o rombo era maior, entre março e junho de 2011 os acionistas fizeram um depósito em conta vinculada do Banco Central, que foi encarado como capital regulatório. As normas, no entanto, preveem o uso desse depósito por apenas 90 dias.

Segundo o Valor apurou, entre julho e novembro o depósito foi mantido, mas o BC não o considerou para fins regulatórios. No seu próprio site, o BC diz que o índice de Basileia do PanAmericano no fim de setembro era de 3,3%, e não de 11,99% como constava do release do balanço trimestral.

Nesse período, o BC teria cobrado uma solução. Ainda que não houvesse dúvida sobre a capacidade financeira dos controladores, Pactual e Caixa, a situação não poderia permanecer daquela maneira indefinidamente.

Antes de divulgar o balanço de novembro, o PanAmericano acertou com o regulador um novo plano para se enquadrar, o que será resolvido com o aumento de capital. Assim, o BC aceitou considerar novamente o depósito para efeito do índice de Basileia, até fevereiro.

Fonte: Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.