Controles Internos com gestão de pessoas
Falar de controles internos é muito simples, pratica-lo se torna um grande desafio a todos os profissionais de controladoria, controles internos e compliance.
Mas hoje, vamos abordar os controles internos de uma forma mais abrangente, afinal como sempre referenciamos em projetos, aulas e palestras, os controles internos necessitam de informação e comunicação bem efetiva e clara, atendendo a um dos componentes do COSO ERM (Enterprise Risk Management Framework, em inglês), mas comumente conhecido como, Melhores Práticas de Gerenciamento de Riscos Corporativos.
Afinal o ambiente interno inclui o “tom” da organização, que influência a consciência de controle e riscos das pessoas envolvidas nas atividades, e é justamente a base de todos os demais componentes do gerenciamento de riscos, provendo disciplina e cultura.
Os fatores de ambiente interno incluem a “filosofia” de gerenciamento dos referidos controles e dos riscos da organização, o “apetite” a riscos, a forma de gestão da administração, a integridade e os valores éticos, a competência das pessoas e a maneira com que a alta administração designa autoridade e/ou responsabilidades, como organiza e de que forma desenvolve pessoas é de suma importância, mas quem se lembra disso no dia-a-dia?
Todo gestor quando se coloca como líder de uma área ou equipe necessita definir e informar qual a expectativa de comportamento e conduta profissional que espera do novo colaborador e não podemos esquecer que a definição de responsabilidades e a delegação de autoridade é parte essencial no processo.
Acreditamos que um líder necessita ter e desenvolver algumas posturas essenciais para a condução de suas atividades. Tais como:
- humildade: afinal não sabemos tudo, e por isso quanto mais parcerias possuirmos melhor, pois temos muitos especialistas nas empresas, e o conjunto de conhecimento fortalece o negócio, portanto as áreas financeiras, tributárias, comerciais, jurídicas, de tecnologia da informação e contábeis são de suma importância nas empresas, mesmo quando terceirizadas;
- comunicação, quando existe uma boa comunicação e de preferencia com a simplicidade, facilita mais o entendimento das atividades e responsabilidades de cada um, e com isso a liderança obtém o respeito de seus comandados e parceiros de negócio;
- delegar, a grande dificuldade dos lideres é delegar atividades, mas devemos entender que não podemos fazer nada sozinhos e muitas atividades podem ser compartilhadas e facilitar os procedimentos.
Portanto melhorar a eficiência e eficácia do negócio é essencial e as atividades não podem ser dependentes somente de uma pessoa, a empresa é um todo, funciona igual a uma engrenagem, represar processos não funciona.
As metas e tratamento corporativo só funcionam quando estabelecemos metas de negócios, portanto conversar com os envolvidos e estabelecer critérios para a obtenção de resultados, facilitam e muito a gestão, pois metas inatingíveis causam descontentamento e desmotivam, as pessoas seguem os exemplos da chefia.
Controles internos por mais que tenhamos normas, procedimentos e sistemas são dependentes das pessoas, por esse motivo a gestão deve ser participativa e na busca de melhores formas de exercício das atividades, sabe por que? Se cada um fizer o que é de sua responsabilidade os controles internos ficam evidentes e funcionais, mas como nem sempre teoria e pratica se unem…
* Marcos Assi é professor de MBA da Trevisan Escola de Negócios, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” e “Gestão de Riscos com Controles Internos – Ferramentas, certificações e métodos para garantir a eficiência dos negócios” pela (Saint Paul Editora), Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento.
