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Cibercrime avança e gera prejuízo bilionário na web

HelpO cibercrime causou aos internautas de todo o mundo um prejuízo de US$ 113 bilhões no ano passado. No Brasil, a perda chegou a US$ 8 bilhões. A tendência é de piora nos próximos anos, com o avanço de ataques de grande porte na rede mundial de computadores. Essas são algumas conclusões do relatório de Tendências de Segurança Cibernética, realizado pela Symantec em conjunto com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e que será divulgado globalmente hoje.

Esse prejuízo refere-se apenas a consumidores com cartões de crédito clonados; não inclui perdas de empresas e governos com roubo de dados, afirmou Cheri McGuire, vice-presidente de relações com governo e políticas de segurança da Symantec. De acordo com a executiva, é difícil estimar as perdas de empresas com o cibercrime, considerando que, nos países da América Latina, as companhias de capital aberto não são obrigadas a comunicar publicamente que foram alvos de ataques de hackers, diferentemente do que é feito nos Estados Unidos.

Segundo o levantamento, no ano passado, 552 milhões de internautas no mundo tiveram seus dados violados por cibercriminosos. A lista de informações roubadas inclui dados de cartões de crédito, identidade, endereço, número de telefone, e-mails, senhas e registros médicos.

Embora não existam estatísticas sobre os prejuízos das empresas, disse Cheri, os ataques a companhias e governos avançam e causam estragos cada vez maiores. O levantamento indicou que, globalmente, houve 253 vazamentos de dados de grande porte no ano passado, o que representou um crescimento de 62% desse tipo de ataque em relação a 2012. Os cibercriminosos conseguiram acesso a mais de 10 milhões de identidades em cada um de oito desses ataques. Em 2012, apenas um ataque teve como consequência a exposição de mais de 10 milhões de contas de internautas no mundo.

“Não é uma surpresa ver o rápido crescimento dos ataques de cibercriminosos. Neste ano, provavelmente haverá muita atividade na América Latina e, especialmente no Brasil, em função da Copa do Mundo da Fifa”, afirmou Cheri.

No ano passado, a indústria de manufatura foi o principal alvo de cibercriminosos, com 30% dos ataques direcionados a esse segmento da economia. Do total de invasões realizadas no mundo a essas indústrias, 30% foram companhias situadas na América Latina. A indústria da construção também foi alvo de 23% dos ciberataques a empresas. Em seguida aparecem os setores de serviços (20%), financeiro (10%) e atacado (9%).

Cheri disse que é comum haver um aumento de ciberataques em países que sediam grandes eventos desportivos. Os casos mais comuns são de e-mails falsos enviados por criminosos simulando uma empresa com uma promoção ou envio de prêmios falsos. A executiva disse que, no ano passado, o número de campanhas falsas cresceu 91% globalmente. O Brasil, a Colômbia e a Argentina foram as principais fontes de ataques por e-mail na América Latina, respondendo por 74% dos casos na região e por 3,2% no mundo. De acordo com o relatório, as já foram identificadas tentativas de ataque a todas as companhias que patrocinam a Copa do Mundo da Fifa de 2014.

Além dos ataques relacionados à Copa, Cheri citou como outro fator de risco as atualizações anunciadas por empresas de software para corrigir falhas nas versões antigas de seus programas. Como os usuários levam até 23 dias para fazer as atualizações, cibercriminosos aproveitam esse intervalo para invadir computadores. Em 2013, foram registrados 174,6 mil ataques desse tipo, 61% mais que o total apurado no ano anterior.

Cheri ressaltou que, apesar do cenário negativo, os governos da América Latina – incluindo do Brasil – reforçaram suas políticas de segurança para reduzir os riscos de perdas ou roubo de dados.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.