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Chegada da Geração Y ao mercado transforma programas de trainees

A mudança de perfil dos jovens talentos e a crescente dificuldade das empresas para atrair profissionais alinhados à sua cultura estão transformando os programas de trainee no país. Nos últimos anos, companhias de grande porte estão inovando nesse tipo de seleção, mudando a forma de atrair candidatos, e até mesmo na trajetória dessas pessoas dentro da organização.

A decisão de reinventar os programas de trainee foi motivada pelo aumento da rotatividade dos profissionais após o fim do treinamento. A mudança, segundo Sandra Cabral, gerente da Cia de Talentos, especializada no recrutamento de jovens, começou a acontecer com a entrada da Geração Y, cujos integrantes têm até 30 anos, nesse tipo de seleção. Conhecidos como ambiciosos e ansiosos, esses jovens se frustram com a falta de crescimento rápido na carreira e logo abandonam a empresa em busca de desafios maiores. “Isso gerava uma decepção muito grande nas companhias, pois elas investem alto nesse tipo de treinamento”, afirma Sandra.

No Santander, a rotatividade dos trainees chegou a atingir metade dos profissionais em 2008, segundo Lílian Guimarães, vice-presidente de RH do banco. “A gama de possibilidades de carreira foi crescendo e, ao mesmo tempo, a fidelidade do jovem foi diminuindo”, analisa. No ano seguinte, a instituição eliminou o recrutamento de recém-formados por meio do programa de trainee. Hoje, a contratação de jovens profissionais tem a internet como principal porta de entrada, por meio do site Caminhos e Escolhas, que tem esse público como alvo. No portal, eles ganham ‘milhas’ ao aprofundar seus conhecimentos sobre a instituição. Após algum tempo de relacionamento virtual, o candidato pode ser chamado para eventos, visitas e até mesmo entrevistas no banco. “Já contratamos mais de 800 pessoas com esse método e a rotatividade caiu para pouco mais de 10%”, comemora Lilian.

Personalizar a trajetória dos jovens tem sido uma das opções das empresas para atualizar seus programas de trainee. Segundo Sandra Cabral, da Cia de Talentos, a ideia é fazer com que cada profissional tenha um caminho particular dentro da empresa. “Os modelos antigos, que tinham como objetivo fazer com que todos tivessem as mesmas experiências, ficaram no passado. O que essa geração mais valoriza é a customização”, diz.

Rosana Tavares, gerente de negócios da consultoria de desenvolvimento organizacional Across, afirma que uma das principais mudanças tem acontecido no desenvolvimento de carreira do jovem após o final do treinamento. “Enquanto no passado a formação de gerentes era um objetivo claro, hoje não existe mais esse foco. Algumas companhias chegaram a eliminar de seus programas o nome ‘trainee’, que já está muito vinculada a cargos de gestão”, afirma.

Na Construtora Camargo Corrêa, a estratégia foi reformular o programa de recrutamento para recém-formados. Após sofrer com o alto índice de desistência de jovens que, no momento das entrevistas presenciais, não se identificavam com o dia a dia da carreira, a empresa decidiu, no ano passado, ser mais direta na comunicação. “Alguns achavam que iriam trabalhar em grandes centros e se desanimavam quando descobriam que seriam destinados para obras em regiões distantes”, afirma Fábio Busato, gerente de desenvolvimento organizacional. Com vídeos de divulgação apresentados logo no momento da inscrição para o programa, a empresa pretende deixar claro como é a carreira na construtora. “Se o profissional não se identificar com essa rotina, ele já é desclassificado”, diz. A expectativa é de que o índice de desistência na etapa presencial, que chegou a ser de 30% até 2009, caia a partir deste ano.

Fonte: Vívian Soares | Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.