Bradesco passa a usar liminar para manter remuneração em sigilo
O Bradesco decidiu acompanhar os rivais e também passou a usar a liminar do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças do Rio de Janeiro (Ibef-Rio) para manter em sigilo a maior e menor remuneração paga dentro da diretoria e do conselho de administração do banco.
Itaú Unibanco e Santander se valem da liminar para não divulgar essa informação desde 2010, primeiro ano em que a informação passou a ser exigida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Bradesco, ao contrário, divulgou esses dados tanto em 2010 quanto em 2011.
O banco disse, na documentação apresentada à CVM, que a omissão da informação “tem por base a preservação de direitos individuais à privacidade e à segurança das pessoas físicas que integram os referidos órgãos estatutários”.
O Bradesco foi questionado se o motivo de segurança não perdeu o sentido, uma vez que as informações foram divulgadas nos últimos dois anos, mas preferiu não fazer comentários adicionais.
A estrutura de remuneração do banco gerou repercussão pelo fato de o maior pagamento dentro do conselho de administração superar o salário do diretor mais bem pago.
Fonte: Fernando Torres | Valor Economico