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BC acelera liquidação de bancos menores

“Vamos avaliar.” A resposta seca dada pelo Banco Central, no dia 31 de julho, uma quarta, a um plano de recuperação apresentado pelos controladores do Banco Rural soou como uma sentença de morte prévia. A falta de um aval imediato deixou o banco em compasso de espera.

Há uma regra não escrita que, sempre que possível, o BC anuncia intervenções em instituições financeiras no início da noite de sexta-feira ou em véspera de feriado. Com isso, dá tempo para o mercado digerir a notícia antes de voltar a fazer negócios.

De fato, cerca de 48 horas após conversa com o BC, no início da noite da sexta, a liquidação do Rural foi oficializada. O plano dos controladores foi considerado frágil.

A negativa que selou o destino do banco envolvido no escândalo do mensalão marcou uma posição menos tolerante do BC diante da falta de fôlego de instituições financeiras pequenas e médias.

Desde 2010, quando foi pego de surpresa por um rombo bilionário no Pan-Americano, comprado um ano antes pela Caixa, havia no BC certo receio com o comportamento do mercado diante da quebra de instituições, mesmo que pequenas.

Não à toa, a extinção de bancos nesse segmento vinha a conta-gotas. Em 2011, o BC interveio no Morada, especializado em crédito pessoal. Sem um comprador no mercado, o banco foi liquidado seis meses depois.

A mesma regra valeu para o Cruzeiro do Sul, focado em empréstimos consignados, em 2012. Ainda no ano passado, o BC interveio no BVA. Apostou no interesse de um dos credores em assumi-lo. O negócio não prosperou e a instituição foi liquidada em junho.

arte folha

TESE DA RAPIDEZ

Depois das experiências recentes, há um certo “alívio” no BC. Ganhou força a tese de que, em casos que não representam riscos de contaminação para o sistema financeiro, a melhor solução é liquidar a operação rapidamente.

Essa corrente se apoia ainda na falta de interesse dos grandes bancos em comprar os menores em crise. Afinal, hoje, eles já conseguiram entrar nos nichos que há poucos anos eram a especialidade das instituições menores.

Ao mesmo tempo, no entanto, há quem defenda no BC que não é desejável uma nova configuração do sistema à custa de uma quebradeira generalizada no segmento dos médios e pequenos.

Por isso, suportes como o aval do Fundo Garantidor de Créditos para que esses bancos sigam captando recursos a um preço menor são considerados importantes.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.