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Banestes recupera parte dos prejuízos com Banco Santos

Banco SantosO Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) anunciou na semana passada que recuperou parte das perdas registradas por dois fundos que mantinham aplicações no Banco Santos. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as carteiras VIP DI Referenciado de Longo Prazo e Institucional Renda Fixa apresentaram rentabilidade no dia 5 de 0,846% e 0,462%, respectivamente, por conta do recebimento de 20% do saldo referente aos créditos que têm a receber do banco.

epA intervenção no Banco Santos ocorreu em novembro de 2004. Na ocasião vários fundos de investimento que aplicavam em carteiras da instituição ou que mantinham CDBs do Santos em seus portfólios tiveram perdas expressivas. Houve prejuízo também em carteiras que tinham Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) ou Cédulas de Produto Rural (CPRs).

De acordo com as informações presentes no site da CVM, os dois fundos aparecem como abertos para novas captações. O Institucional conta com 43 cotistas e patrimônio de R$ 124,770 milhões. Em novembro de 2004, eram 35 cotistas e um total de R$ 93,916 milhões. Atualmente, o fundo mantém a maior parte de seus ativos aplicados em títulos públicos. Além disso, o portfólio tem 15,72% do total em carteira CDBs de bancos menores, entre eles do Panamericano(2,61%). Aplica também 2,66% do patrimônio em cotas do fundo Master Panamericano FIDC CDC Veículos.

Já o VIP DI tem 2.418 cotistas e um total de R$ 298,934 milhões. Em novembro de 2004, contava com 4.584 investidores, para um patrimônio de R$ 263,663 milhões. Atualmente, boa parte da carteira também está aplicada em CDBs (16,37%), sendo que 2,862% correspondem a CDBs do Panamericano. Outros 2,20% estão em debêntures de várias empresas, segundo o site da CVM.

Procurado, o Banestes disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se pronunciaria sobre o assunto.

No fim de dezembro, a Caixa Econômica Federal(CEF) também anunciou que recuperou uma parte das perdas registradas pelo fundo Caixa Seleção Renda Fixa, que mantinha aplicações no Banco Santos. No caso da Caixa, após as perdas, o fundo foi fechado para novas aplicações.

Esta é a segunda vez que recursos são distribuídos aos credores. Em julho deste ano, Vânio Aguiar, administrador judicial da massa falida do banco, conseguiu reaver parte das dívidas, que são estimadas em R$ 2,3 bilhões. Após o pagamento de créditos trabalhistas e tributários, que são preferenciais em caso de falência, cada credor recebeu o equivalente a 10% do valor ao qual tem direito. Desta vez, a Justiça aprovou o segundo rateio proposto pelo administrador judicial, no valor de 20% . Restam ainda para os credores receber R$ 2 bilhões.

Além do Banestes e da Caixa, outras instituições que tiveram fundos de investimento com prejuízos por conta da falência do Santos foram o Banco da Amazonia (Basa), o Banco Regional de Brasília(BRB) e o Banco Mercantil do Brasil(BMB).

Fonte: Luciana Monteiro, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.