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Bancos defendem mais incentivos para renda fixa

Embora a avaliação geral sobre as iniciativas do governo para estimular as emissões de títulos de longo prazo pelas empresas brasileiras seja positiva, especialistas defendem a criação de mecanismos adicionais para atrair os investidores.

Uma alternativa seria a criação de uma estrutura híbrida de financiamento, com a emissão da debênture atrelada a um empréstimo-ponte durante a fase de construção dos empreendimentos, segundo Letícia Amaral, superintendente executiva da área jurídica do HSBC. Para ela, a interação entre governo e setor privado é fundamental para colocar de pé o plano de fortalecer o mercado de renda fixa local.

Em paralelo ao plano do governo, o mercado se articula para estimular as emissões de dívida de longo prazo. No início do ano, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) anunciou a iniciativa de criar o Novo Mercado de Renda Fixa – uma tentativa de replicar o modelo bem sucedido do segmento com práticas mais rigorosas de governança corporativa da BM&FBovespa.

Entre as iniciativas, que estão em fase de discussão na entidade, uma das mais aguardadas pelo mercado é a criação de fundos de liquidez. A proposta da Anbima prevê o funcionamento de dois tipos de mecanismo: o primeiro garantirá condições de compra e venda para os papéis e o outro funcionará como uma espécie de seguro caso um determinado título passe por restrições de liquidez.

O governo demonstrou simpatia à ideia e incluiu no pacote de medidas de dezembro a permissão para que os bancos destinem até 3 pontos percentuais do compulsório para o fundo. O problema é que, até o momento, a decisão ainda não foi regulamentada.

Entraves à parte, as perspectivas para o mercado brasileiro de renda fixa seguem promissoras, de acordo com Ignacio Lorenzo, responsável pela área de distribuição de produtos de renda fixa do Santander.

O executivo, que apresentou o pacote de incentivos do governo no exterior, afirma que os investidores se mostraram muito receptivos a aplicar em títulos corporativos no país. “Tenho agora o compromisso de voltar e apresentar casos concretos”, diz.

Os projetos de infraestrutura são justamente os que mais atraem os estrangeiros, por conta da perspectiva de retorno maior. “Para investir em um papel mais tradicional, o investidor prefere comprar lá fora.” Para Lorenzo, tanto as medidas do governo como os projetos precisam de mais tempo para serem viabilizados.

Fonte: Vinícius Pinheiro, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.