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Banco poderá vender título privado recebido em compromissada

Os bancos que receberem títulos privados, como debêntures e CDBs, como lastro de operações compromissadas poderão agora revendê-los no mercado. A autorização foi concedida pela resolução 4040 do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Até a decisão de ontem, as instituições financeiras só podiam movimentar os papéis privados recebidos em compromissadas (com compromisso recompra) se a operação acontecesse em um ambiente de contraparte central – no caso, a BM&FBovespa. Com a mudança, os negócios poderão ocorrer também na Cetip.

Assim, o Banco Central pretende aumentar os negócios com títulos privados e proporcionar maior liquidez para a carteira dos bancos, que podem usar mais esse recurso. De acordo com o chefe do departamento de normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, a medida é um pleito antigo das instituições financeiras. “Se a operação for entre duas instituições financeiras, não é preciso liquidar na contraparte central, basta o registro. Os bancos sabem do risco um do outro”, afirmou Odilon.

O BC abre uma facilidade para os bancos adquirirem cerca de 20 papéis que podem ser objeto de operação compromissada, ou fazer dos títulos públicos o único papel reconhecido como lastro.

Como a Cetip detém hoje 97% do estoque de debêntures, a expectativa é de que a medida contribua para aumentar a negociação de títulos privados no mercado secundário. Antes da resolução, os papéis privados detidos como lastro só podiam ser usados em outra operação compromissada, o que, na prática, limitava a circulação desses títulos, segundo o diretor de operações da companhia, Wagner Anacleto. Mesmo com as restrições para negociação, a Cetip registrou um volume de R$ 27,2 bilhões em operações compromissadas no mês passado.

Como consequência dessa medida, as operações nas quais os títulos públicos são exigidos como lastro ficam mais concentradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O BC não acredita que a regulamentação aumentará os riscos sistêmicos. Os integrantes do CMN consideraram que “o risco nessas operações é mensurável e faz parte das atividades cotidianas das instituições”.

Fonte: Murilo Rodrigues Alves e Vinícius Pinheiro, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.