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Banco Mizuho sofre pena por emprestar a organizações criminosas

O regulador do mercado financeiro do Japão impôs pesadas sanções sobre o Banco Mizuho nesta quinta-feira por conta de casos de concessão de empréstimos a membros de grupos criminosos.

A Agência de Serviços Financeiros (FSA, na sigla em inglês) ordenou que o Banco Mizuho suspenda algumas operações durante um mês em seu negócio de crédito ao consumidor com suas afiliadas, que concederam os empréstimos questionáveis. Ela também ordenou que o Mizuho e sua holding, o Mizuho Financial Group, apresentem um plano de melhoria dos negócios no dia 17 de janeiro.

O Mizuho fez cerca de 230 transações com grupos criminosos, totalizando cerca de 200 milhões de yenes (cerca de US$ 2 milhões) ao longo de mais de dois anos, de acordo com a FSA e com o próprio banco. A maioria das transações foi de empréstimos de automóveis feitos por meio da Orient Corporation, uma afiliada de empréstimos ao consumidor.

Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, a companhia informou que o presidente do conselho de administração (chairman) do Mizuho Financial Group, Takashi Tsukamoto, deixará o cargo a partir de 31 de março para assumir a responsabilidade pelo episódio. Neste período, o presidente-executivo, Yasuhiro Sato, e outros executivos do banco vão ficar sem salário ou com o honorário reduzido, informou a companhia.

O grupo informou em outubro que 54 executivos seriam punidos por conta da conexão com os casos de empréstimos questionáveis. Na época foi informado que o presidente-executivo ficaria sem pagamento por seis meses, prazo que agora foi estendido para um ano.

Como parte dos esforços para fortalecer a governança da instituição, Sato também vai entregar seu cargo de presidente do conselho do banco para um conselheiro independente. O Mizuho vai procurar candidatos até junho, quando os acionistas vão se reunir para aprovar um nome.

Terceiro maior banco do Japão em termos de capitalização de mercado, o Mizuho também informou que estuda mudar sua estrutura de governança para algo mais próximo das normas ocidentais, separando funções de supervisão e de negócios dentro do banco.

(Dow Jones Newswires)

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.