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ABN volta para atuar no atacado

sifrãoAgora sob novo controle, o ABN AMRO está de volta ao Brasil. O banco, cujo acionista majoritário é o governo da Holanda, acaba de inaugurar um iluminado escritório de representação na alameda Ministro Rocha Azevedo, perto da Avenida Paulista, em São Paulo. Tirou um time do ING e pretende crescer, mas de forma muito focada junto aos setores de energia, commodities e transportes, fornecendo crédito para as várias camadas da cadeia produtiva e também atuando como acionista em projetos.

No Brasil, a marca ABN AMRO ainda está fortemente associada ao varejo e ao Banco Real, adquirido pelo holandês nos anos 90 e, mais recentemente, pelo Santander. Mas, quando comprou a operação brasileira do ABN AMRO, o Santander não adquiriu o direito de usar a marca no Brasil.

Quando foi comprado em outubro de 2007 pelo consórcio formado por Fortis, RBS e Santander, que o fatiou em três, o ABN AMRO teve suas atividades na Holanda e sua marca adquiridas pelo Fortis. Um ano depois, no entanto, o Fortis foi nacionalizado pelos governos belga e holandês para escapar do colapso financeiro. Em fevereiro de 2010, houve injeção extra de recursos públicos de US$ 9,5 bilhões para que a fusão entre o Fortis e o ABN pudesse se completar.

Embora forte no varejo na Holanda, os planos para o Brasil do novo ABN AMRO se restringem ao atacado, segundo o holandês Rick Torken, diretor-gerente responsável global pela atividade de commodities agrícolas do banco no mundo, que já trabalhou na Multigrain. “Vamos focar nossa atuação onde temos um diferencial competitivo”, diz.

A atuação integrada nas diversas fases da cadeia produtiva ajuda a dotar o banco de um conhecimento profundo sobre empresas das áreas de energia, incluindo petróleo e gás natural, commodities – metálicas e agrícolas – e transportes no mundo todo, o que pode favorecer sua atividade de assessoria estratégica. Por exemplo, o banco pode financiar a produção de soja, o transporte e o armazenamento do produto no Brasil, a produção do óleo de soja, o transporte para outros países e a distribuição do óleo em outros mercados, além de fornecer crédito ao importador daquele óleo de soja no outro país.

O banco quer ampliar sua atuação no financiamento de projetos e no crédito à exportação mais tradicional e pode ajudar na gestão de risco por meio de derivativos que fornecem proteção contra a oscilação nos preços das commodities. O ABN AMRO possui um fundo de private equity, de total de US$ 500 milhões, para investir em projetos no mundo todo com valores de US$ 10 milhões a US$ 40 milhões por projeto, na média. “Investimos nosso capital junto com nossos clientes”, afirma. “Iniciativas com sustentabilidade atraem nosso interesse de forma particular”, conta.

A área de energia, commodities e transportes do banco atua em 27 países com mais de 400 pessoas da área comercial, explica o grego Harris Antoniou, o responsável por essa atividade do banco no mundo. Ele diz que a assessoria na construção de navios de perfuração de petróleo e estaleiros também está entre as prioridades da instituição financeira no Brasil, dadas as necessidades do mercado brasileiro e da Petrobras. “A maior parte das instituições financeiras são organizadas regionalmente e nós focamos nossa organização de acordo com as diversas cadeias produtivas”, diz Antoniou.

Como representante do banco no Brasil e responsável pela área de commodities acaba de ingressar no ABN AMRO Fausto Caron, tirado do ING, que trouxe com ele três pessoas de seu time. Segundo Caron, a ideia é inicialmente ter um escritório de representação com dez pessoas. O escritório em São Paulo também será um centro de atuação para o ABN AMRO na América Latina, com foco principal na Argentina, no Peru e no Chile, afirma ele.

Fonte: Cristiane Perini Lucchesi, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.