A semana passada a limpo, Dinheiro na Suiça, repatriação de dinheiro ilicito, rompimento de barragens
Fato 1 – Eduardo Cunha negou as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Admitiu que acumulou um patrimônio no exterior nunca declarado ao Banco Central e à Receita Federal, mas alegou que tudo foi fruto de transações lícitas de comércio internacional e aplicações em bolsas de valores estrangeiras, antes de iniciar a carreira política. Cunha não apresentou comprovantes desses negócios. Ele disse também que, depois, abriu mão da titularidade do patrimônio, tornando-se apenas seu beneficiário, mas uma pergunta que não quer calar, em prevenção a lavagem de dinheiro sempre olhamos o BENEFICIÁRIO FINAL, e neste caso quem é mesmo???
A justificativa do presidente da camara de deputados, sobre a origem do dinheiro na Suiça, é no minimo ridicula, e parece que ele que passar um atestado de estupidos em todos nós. Veja o video da entrevista e tire suas conclusões: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/11/eduardo-cunha-afirma-que-nao-e-o-dono-do-dinheiro-em-contas-da-suica.html
Fato 2 – Tenho acompanhado o projeto de lei com normas para regularização de recursos depositados no exterior que não haviam sido declarados à Receita Federal. O texto estabelece os valores das multas para quem quiser repatriar o dinheiro. O Palácio do Planalto defende o projeto porque, se aprovado, pode ajudar a aumentar a arrecadação e a reequilibrar as contas públicas. Me desculpem, mas é outra coisa ridicula, querem transformar o Brasil na maior lavanderia da America do Sul, haja lava jato.
Fato 3 – Quando a gestão de riscos é necessária e faz parte dos negócios, podemos citar o rompimento de duas barragens de uma mineradora liberou uma enxurrada de lama que causou grande destruição em um distrito de Mariana, em Minas Gerais, e deixou pelo menos um morto.
As barragens de Fundão e Santarém, da mineradora Samarco, entre os municípios de Mariana e Ouro Preto, se romperam na quinta-feira à tarde, e liberaram uma onda de lama que teria chegado a 2,5 m de altura.
O que causou o rompimento?
A Samarco disse ter registrado dois pequenos tremores na área duas horas antes do rompimento, por volta das 16h20 de quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mariana.
Não se sabe o que teria causado estes tremores – se seriam abalos sísmicos ou a força do próprio rompimento.
A empresa inicialmente informou que apenas uma barragem havia se rompido, a de Fundão, mas informou à noite que uma segunda barragem, a de Santarém, também sofreu ruptura.
A lama pode ser tóxica?
Sabe-se que as barragens continham água e rejeitos de minério de ferro.
A maioria deste material é considerada de baixo potencial poluidor, segundo artigo da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto.
Especialistas seriam enviados à área nesta sexta-feira para avaliar o material que vazou.
Há risco de novos rompimentos?
O Corpo de Bombeiros estaria monitorando uma terceira barragem para verificar o risco de rompimento.
Não é a primeira vez que barragens se rompem em Minas Gerais. Em 2014, um acidente em Itabirito, a cerca de 60 km de Belo Horizonte, deixou três trabalhadores mortos.
Quantas pessoas podem ter sido afetadas?
O distrito de Bento Rodrigues tem cerca de 600 moradores.
Outros vilarejos foram atingidos pela lama e a estimativa é de que até 2 mil pessoas possam ter sido afetadas. Mas estes moradores foram alertados e tiveram tempo de buscarem abrigo.
A Prefeitura de Mariana confirmou um morto, mas este número pode subir.
Por que informações de vítimas são conflitantes?
Alguns veículos de comunicação falaram em números mais altos de mortos – citando fontes não oficiais.
A incerteza se deve em parte ao acesso restrito ao distrito de Bento Rodrigues, realizado apenas por helicóptero. Imagens aéreas de TV mostraram casas completamente destruídas e soterradas por lama.
Moradores relataram haver vários desaparecidos e pessoas ilhadas.
Fontes: Globo – G1