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A importância dos Controles Internos nas Organizações – segundo ato

Resultado de imagem para cara de espantoImpressionante em 2012, isso mesmo há 5 anos atrás, publiquei um artigo sobre a importância dos controles internos nas organizações e continuo percebendo em meus treinamentos e nas consultorias realizadas que a tal gestão de controles ainda necessita de muito entendimento e trabalho árduo dos profissionais de Compliance, controles internos, gestão de riscos, controladoria, auditoria e alta administração.

O triste disso tudo é perceber que é uma questão de cultura, assunto esse que já venho falando há muito tempo, só no meu blog desde 2009, e não consigo acreditar que as dificuldades ainda continuam enormes, pois esbarramos em vaidades, falta de interesse, necessidades pessoais, conflito de interesses, ausência de conduta, ética e profissionalismo, e olha que estou falando de empresas com mais de 20 anos de vida corporativa.

Mas quando alguma coisa dá errado na empresa ou uma falha venha a acontecer, ou desvio de conduta fica evidenciado, um erro causa perdas financeiras, uma fraude surge do nada (risos), desculpem o sarcasmo, mas as ausências de controles causam boa parte destes problemas, e os gestores questionam os profissionais de controles internos, Compliance e auditoria, por que eles não viram tal falha nos processos, sendo que a responsabilidade é de quem executa, não é verdade?

Algumas falhas acontecem pela ausência de conhecimento do negócio, dos processos, dos sistemas ou da ausência deles, e em alguns casos pela negligência operacional ou pessoal, mas como podemos mudar isso? Não é fácil pedir engajamento, pois os interesses são os princípios que permeiam a atividade do profissional de sua empresa, e até mesmo na vida.

Quem nunca ouviu a seguinte frase: “o que eu vou ganhar com isso?” ou “o problema é da empresa, se não receber uma ordem expressa eu não vou fazer…” ou “não sou pago para pensar, mas somente executar…” entre outras perolas.

Portanto no mundo corporativo encontramos os mesmos problemas, seja em uma empresa pequena, média, grande ou gigantesca, tais como: desrespeito às normas, negligência às regras internas e externas, ausência de capacitação da equipe, despreparo dos gestores, e em certos casos temo pela incompetência de certas pessoas nas atividades exercidas.

Portanto devemos avaliar melhor os nossos processos de gestão de riscos e controles internos, avaliar se os profissionais indicados estão devidamente preparados para o gerenciamento de suas atividades, avaliar se existem desvios de conduta, se os normativos estão em conformidade com as atividades exercidas.

As pessoas podem cometer desvios de conduta e dos procedimentos por achar que estão acima das regras de compliance, ou simplesmente por desconhecimento das políticas, afinal onde não existe regra as pessoas agem por conta própria e não podemos recriminá-los, pois estão fazendo o que podem conforme seu conhecimento.

A informação e comunicação é o ponto alto dos controles internos, operacionais e contábeis em uma organização, e devemos avaliar de que forma a informação transita e como tomamos decisões. A alta administração tem grau de importância absurda na implementação de controles internos e compliance, contudo necessitam dar o exemplo para que sejam seguidos pelos colaboradores internos.

Engajamento, comprometimento e competência não se compram no mercado, pelo contrário, se conquista e podemos determinar o grau de confiabilidade de nossa empresa através do perfil do profissional, na busca pela excelência, pelo respeito às regras e normas e o comprometimento com a empresa.

Por esse motivo evidenciamos a cada dia a importância dos controles internos na organização, pois a cada dia a necessidade aumenta, mas as falhas e riscos operacionais também, e em certos casos, mais rápidos que os controles. Pense nisso.

* Marcos Assi é professor e consultor da MASSI Consultoria e Treinamento – Prêmio Anita Garibaldi 2014 e Prêmio Giuseppe Garibaldi 2016, Comendador Acadêmico com a Cruz do Mérito Acadêmico da Câmara Brasileira de Cultura, professor de MBA na FECAP, FIA, Saint Paul Escola de Negócios, Centro Paula Souza, USCS, FADISMA, entre outras, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional”, “Gestão de Riscos com Controles Internos” e “Gestão de Compliance e seus desafios” pela Saint Paul Editora.

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.