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A empresa de comércio eletrônico do grupo Casino detectou roubo dentro de casa

canstockphoto8056973A Cnova, empresa de comércio eletrônico do grupo Casino, que reúne sites de redes como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, identificou uma quadrilha de funcionários que desviava há anos produtos de centros de distribuição no Brasil. O bando, que envolveria de seis a oito pessoas, revendia mercadorias com defeitos, apurou o Valor. Os roubos de mercadorias, basicamente eletrônicos e eletroportáteis (TVs, celulares e máquinas de café) ocorriam quando funcionários da Cnova separavam em seus centros de distribuição os produtos com avarias (riscados ou amassados).

Os itens poderiam ser vendidos pela empresa no site Barateiro.com, que comercializa itens com defeitos, mas a quadrilha roubava parte dessas mercadorias dentro dos armazéns. Os funcionários teriam sido demitidos pela empresa, que não quis comentas as informações apuradas pelo Valor. Os roubos, que teriam ocorrido num espaço de três a cinco anos, somam perdas na Cnova que podem atingir, pelo menos, R$ 60 milhões, calculam consultores. Esse montante não é expressivo ao se comparar às vendas globais da companhia, mas é uma perda que ocorreu em uma operação com prejuízos e com taxa de crescimento da receita em desaceleração, reflexo da piora no ambiente de consumo.

Cnova apurou vendas líquidas, de janeiro a setembro, de €2,53 bilhões e perdas acumuladas de €117,4 milhões no ano, segundo dados publicados ­ além do Brasil, a empresa opera outros países como França, Bélgica, Equador, Costa do Marfim, Senegal, Tailândia, Vietnã e Colômbia. A receita líquida no terceiro trimestre cresceu 9,8% no Brasil, abaixo dos 20,5% do segundo trimestre. A Cnova havia informado na sexta­feira, de maneira pouco clara, que contratou assessores jurídicos e contadores externos “para realizar uma revisão de questões associadas a irregularidades na conduta de colaboradores relacionadas à gestão de estoques”. O comunicado informava anda que “as questões identificadas envolvem principalmente o tratamento de produtos devolvidos e danificados nos centros de distribuição de sua subsidiária brasileira Cnova.

A investigação também irá avaliar potenciais impactos contábeis e nas demonstrações financeiras relacionados à conduta sob análise”. Segundo a nota, a investigação está em curso e “ainda é cedo para determinar quando esta será concluída e se e quais eventuais medidas serão tomadas pela Cnova e suas subsidiárias”. Segundo associações e institutos do setor, o furto com envolvimento de empregados tem sido alvo de ações específicas das empresas. Furtos de empregados representam quase 9% do valor total de perdas em supermercados, que engloba furtos e produtos cuja validade venceu.

Dois anos atrás, correspondiam a 21%, segundo pesquisa do Ibevar/Provar. “Uma série de controles foram aprimorados para se tentar diminuir esses prejuízos e há sinais de alguns resultados. Mas é algo que exige investimento permanente”, diz Claudio Felisoni de Angelo, presidente do conselho do Ibeva/Provar. O roubo na Cnova não é um caso isolado no varejo de eletroeletrônicos.

Em maio, policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam um homem apontado como responsável pelo assalto ao centro de distribuição do Magazine Luiza. Cerca de 15 homens armados usaram dois caminhões e duas carretas para roubar produtos como tablets e celulares, do centro de distribuição do Magazine Luiza, em Louveira. Existia a suspeita de participação de empregados no assalto. “Parte substancial” da carga roubada foi resgatada, diz a rede. Furtos de clientes e funcionários de produtos eletrônicos representam cerca de 1% da receita líquida de lojas especializadas como Casas Bahia e Magazine Luiza. Em hipermercados e redes de atacado, a fatia é de quase 3%. Segundo especialistas, roubar produtos de tamanho e pesos consideráveis (como uma TV, por exemplo), exige a montagem de uma esquema envolvendo várias pessoas ­ isso acaba inibindo ações coordenadas nas lojas.

Fonte: Valor Econômico – SP

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.