Ataques testam defesas da internet
Os ataques aos computadores da Visa Inc., PayPal e outras empresas que cortaram os laços com o WikiLeaks estão testando o preparo digital dessas companhias para enfrentar o que se tornou uma poderosa guerra cibernética.
Momentos depois que um manifesto afirmando que o “PayPal é o inimigo” apareceu nos blogs no domingo, dia 5, o diretor de segurança de informação da empresa, Michael Barrett, colocou o seu time em “alerta vermelho”, incluindo o centro nervoso das operações.
Isso deu início a um jogo de xadrez de uma semana entre os hackers e os engenheiros da PayPal em nove localidades no mundo todo. O objetivo dos ataques era inundar o PayPal.com e outros sites com uma enxurrada de tráfego para esgotar a capacidade dos servidores e tornar os sites inacessíveis.
Em meio ao ataque, o site da PayPal chegou a ficar mais lento em alguns momentos, mas não deixou de funcionar.
Por outro lado, sites da MasterCard Inc. e Visa sofreram paralisações quarta-feira. Mas as duas empresas não realizam negócios nos sites afetados, que servem como brochuras eletrônicas. As empresas informaram que as informações importantes dos clientes e o processamento de transações não foram afetados.
Os ataques foram feitos por um emaranhado coletivo identificado como “Anonynous”. Parecem ser assaltos de negação de serviço, conhecidos pela sigla DDOS, que atormentam os sites praticamente desde os primórdios da internet. Os ataques foram feitos relativamente sem sofisticação.
Os ataques continuaram na sexta. O escritório de um promotor na Holanda informou que seu seu site foi afetado por um ataque de negação de serviço , conforme publicado pela Reuters, um dia depois da prisão de um adolescente suspeito de envolvimento nos ataques no país.
Fonte: The Wall Street Journal, Valor Economico