Notícias

81% dos usuários de cartões temem ser vítimas de fraude

81% dos usuários de cartões temem ser vítimas de fraudeA dona de casa Suzana Alves Gomes levou um susto quando recebeu uma fatura de R$ 249 referente ao cartão de crédito de uma rede de lojas que ela não havia solicitado. O cartão foi pedido por alguém em Goiânia, usando os dados pessoais de Suzana, e desbloqueado em Anápolis. Ela reclamou do problema à loja, que disse que iria analisar a questão, mas negou o pedido. Depois disso, outras faturas chegaram. Suzana procurou órgãos de defesa do consumidor, registrou um boletim de ocorrência e, agora, está recorrendo à Justiça. “Tudo isso está sendo um grande transtorno”, lamenta.

Uma pesquisa da ACI Worldwide, empresa que produz sistemas de prevenção a fraudes bancárias e lavagem de dinheiro, mostra que 33% dos consumidores brasileiros foram vítimas de fraudes em cartões de crédito, débito e pré-pagos, de 2007 a 2012. Outro levantamento feito pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP) mostra que 18% dos usuários já foram vítimas ou tiveram algum familiar prejudicado por crimes digitais envolvendo cartões.

Além disso, o número de pessoas prejudicadas por crimes desse tipo também cresceu 18% este ano. As maiores ocorrências são clonagem, compra de empresas fantasmas pela internet e uso indevido de dados de terceiros. Além disso, 81% das pessoas ouvidas disseram temer fraudes ou ataque de hackers em seu dispositivo móvel.

RISCOS
O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo – Seção Goiás (Ibedec-GO), Wilson César Rascovit, alerta para o aumento das ocorrências de uso de dados pessoais de terceiros para produção e uso de cartões de crédito, como aconteceu com Suzana Gomes. Muitas vezes, o problema ocorre quando a pessoa perde documentos pessoais, que acabam sendo usados indevidamente. “Muitas acabam descobrindo empréstimos elevados em seu nome algum tempo depois”, destaca.
Há também os casos de dados que são roubados pela internet e até de pessoas que têm suas informações comercializadas em listas por estelionatários.

Porém, Wilson Rascovit lembra que a maioria das vítimas acaba “deixando pra lá”, não registrando queixa nos órgãos de defesa do consumidor, mesmo quando o banco se recusa a resolver o problema. A maioria das instituições financeiras pede 30 dias para investigar e resolver o problema.

“Em muitos casos, a pessoa tem direito até de pedir indenização, pois a obrigação de dar segurança é do banco”, explica o presidente do Ibedec-GO. Segundo ele, geralmente é pedida a inversão do ônus da prova, ou seja, o banco é que deve provar que o cartão foi realmente usado pelo titular.

A superintendente do Procon Goiás, Darlene de Araújo, informa que, hoje, não são mais tão comuns ocorrências de clonagem de cartões por causa do crescente uso de chips. Porém, as fraudes continuam, principalmente quando pessoas usam o nome de terceiros para confeccionar ou usar cartões.

A maioria das fraudes acontece quando outra pessoa tem acesso ao número do cartão e do código de segurança do documento e usa esses dados para comprar pela internet. “Muitas vezes, são pessoas da própria família da vítima”, alerta. Vale lembrar que quem descobrir a fraude deve comunicar o banco e pedir o bloqueio imediato do cartão.

A Polícia Civil apresentou na semana passada uma quadrilha presa em Goiás suspeita de fraudar cartões de créditos pela internet. Os fraudadores clonavam e fabricavam um novo cartão sem a necessidade de ter em mãos o documento original, aposentando equipamentos como o antigo “chupa-cabra”, utilizado em caixas eletrônicos para prender o cartão de crédito.

SEGURANÇA
A Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs) informa que cerca de 90% das compras com cartões no Brasil são feitas por meio de cartões com chip, e toda a base de terminais de captura (máquinas de cartões) está preparada para receber esse tipo de transação.

Em consequência desse investimento, o volume de cartões clonados no ambiente físico tem reduzido consideravelmente, uma vez que as informações do chip não podem ser copiadas e essas transações exigem senha.

Segundo a Abecs, as empresas do setor também adotam tecnologias de monitoramento inteligente, que identificam em tempo real os comportamentos de uso dos cartões e detectam possíveis compras indevidas. Há também sistemas de autenticação de transações on-line para compras na internet, que certificam que a operação está sendo feita pelo titular do cartão.

Leia mais em: http://www.sindgestor.com.br/sindgestor/clipping.php?ssc=0&id=9810&pg=0

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.