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Última cartada tenta salvar BVA da liquidação

As chances de resgate do banco BVA ficaram mais reduzidas. Sem conseguir a adesão de fundos de investimento a seu plano para o resgate do banco na sexta-feira, o empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa, tenta agora um lance final, que levaria os fundos de investimento a transformarem aquilo que têm a receber do banco em ações da instituição.

Na sexta-feira, fundos detentores de papéis do banco acabaram não votando, em assembleia realizada em São Paulo, a proposta de resgate da instituição que Oliveira Andrade apresentou. Abre-se agora uma nova rodada de negociações, mas o tempo para a conversão da dívida em ações é considerado bastante exíguo, segundo uma pessoa envolvida nas tratativas. A intervenção do Banco Central se encerra na sexta-feira, dia 19 de abril. Sem um comprador, a solução mais natural para o banco é a liquidação.

Para comprar o banco BVA, que está sob intervenção do Banco Central desde outubro, Oliveira Andrade propôs inicialmente aos credores um deságio de 65% em seus papéis. Essa proposta precisava ser aceita por detentores de títulos que representassem cerca de 90% do passivo do banco.

A maior dificuldade que Oliveira Andrade vem encontrando nas negociações está justamente em alguns fundos de investimento que têm como cotistas Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Esses institutos não vêm aceitando o plano.

Segundo o Valor apurou, a maior parte desses investidores chegou a se reunir em uma assembleia para discutir a proposta de deságio do empresário, mas acabou optando por não votá-la. O maior problema concentra-se em um fundo que possui papéis do BVA que pagam mais de 30% ao ano aos credores. Isso inviabiliza o plano de resgate apresentado por Caoa. Agora, os fundos vão analisar a conversão dos seus papéis em ações.

Oliveira Andrade, revendedor de veículos das marcas Hyundai, Ford e Subaru e dono de uma fábrica da Hyundai, tem cerca de R$ 500 milhões depositados no BVA. Por causa disso, foi desde o início o candidato mais forte à compra do banco.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.

5 thoughts on “Última cartada tenta salvar BVA da liquidação

  • Cleiton

    Marcos, comprei um apartamento na planta e o mesmo esta
    Sendo financiado pelo Bva! A construtora diz que está de mãos atadas e que enquanto esta situação no banco não se resolver as obras ficaram paradas e eles nao poderão transferir o financiamento para outra instituição! Acha que corremos algum risco quanto ao investimento? Qual a diferença para este tipo de investimento caso o banco seja liquidado ou comprado? Obrigado!

  • Infelizmente a construtora esta certa, necessitamos a conclusão do caso do BVA, para definição da continuidade do financiamento, acompanhe e fique sempre e contato com a construtora.

  • Pamela

    Cleiton, voce comprou no Residencial melina? eu estou em busca de contato de outros compradores deste empreendimento pois tambem comprei e estou tendo esta mesma resposta da construtora, cujo o qual paralizou a obra.

  • Ira Borges

    Boa tarde Marcos, comprei um imóvel de uma loteadora, quitei tudo, e quando fui providenciar os documentos para transferência tomei conhecimento que o imóvel está gravado com alienação fiduciária em favor do BVA por uma bagatela superior a R$30.000.000,00.
    A vendedora alega que está com dinheiro em caixa e quer pagar, mas não tem a quem pagar, porque o BVA está em liquidação. Consegui falar com o assessor do administrador e ele disse que o BVA pode, sim, receber os R$30 mi. Procede, será que a vendedora pode ou não pagar?

  • Peço que consulte o contrato de compra e venda e procure um advogado, nestas horas o suporte de um especialista é essencial.

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